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Morre Delfim Netto, ex-ministro e deputado, aos 96 anos; líder do “milagre econômico” brasileiro.

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Na madrugada desta segunda-feira, 12 de agosto de 2024, o Brasil perdeu um de seus mais notáveis economistas e figuras políticas, Delfim Netto. Aos 96 anos, Delfim faleceu em São Paulo, vítima de complicações de saúde que se agravaram nos últimos dias. Sua trajetória é marcada por um legado robusto na economia e na política nacional, deixando uma memória indelével na história do país.

Delfim Netto teve um papel fundamental durante o período conhecido como “milagre econômico”, quando, como Ministro da Fazenda, entre 1967 e 1974, o Brasil passou por uma expressiva expansão econômica. Este período de crescimento acelerado é frequentemente lembrado por suas taxas anuais de crescimento superiores a 10%, o que proporcionou melhorias significativas em diversos setores da economia. Após essa fase, Delfim manteve sua influência ao assumir o Ministério do Planejamento, onde permaneceu de 1979 a 1985, contribuindo para a implementação de diversas políticas de planejamento estratégico.

Com o advento da redemocratização do Brasil, Delfim Netto não se afastou da vida pública. Pelo contrário, ele se elegeu deputado federal e serviu na Câmara dos Deputados por cinco mandatos consecutivos, de 1987 a 2007. Durante esse período, Delfim participou da Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988), desempenhando um papel crucial na elaboração da Constituição de 1988, que é até hoje a base jurídica e política do país.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, manifestou seus sentimentos pela perda de Delfim Netto via redes sociais. “O Brasil perdeu hoje um dos seus mais reconhecidos e respeitados economistas, o ex-deputado Delfim Netto. Nessa trajetória política e econômica, Delfim deixa um legado histórico para o país que será sempre reconhecido pelo povo brasileiro”, afirmou Lira.

No Parlamento, Delfim Netto foi protagonista em discussões relevantes para a economia brasileira. Ele foi o relator da proposta que resultou na Emenda Constitucional 37, a qual prorrogou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2005. A CPMF, tributo que incidia sobre movimentações bancárias, vigorou no Brasil por 11 anos e foi uma ferramenta importante no financiamento da saúde pública.

Além disso, Delfim participou ativamente na comissão especial que discutiu a reforma tributária em 2004 e foi membro do colegiado que analisou a proposta de criação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF é um marco regulatório que trouxe maior rigidez e transparência às contas públicas, impondo limites aos gastos governamentais e buscando garantir a sustentabilidade fiscal do país.

Delfim Netto deixa um legado impresso nas páginas da história econômica e política do Brasil, seja pela implementação de políticas que impulsionaram a economia, seja pela sua atuação legislativa que moldou a estabilidade financeira do país. Ele será lembrado como uma figura central em alguns dos momentos mais decisivos da história recente do Brasil.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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