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Audiência pública discute restrição na movimentação de mercadorias no Porto de Paranaguá

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Os portos do Paraná, notadamente o Porto de Paranaguá, movimentam diariamente uma vasta quantidade de mercadorias, o que é essencial para a economia não apenas regional, mas também nacional. Em meio a essa intensa atividade portuária, questões importantes sobre a regulamentação do trabalho envolvido na movimentação dessas mercadorias estão sendo debatidas.

Na terça-feira, dia 9, às 16h30, a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados organiza uma audiência pública para discutir a movimentação de mercadorias, que inclui tarefas como carga e descarga de produtos a granel e ensacados, pesagem, embalagens, empilhamento e paletização, seja com ou sem o auxílio de equipamentos específicos. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que é o proponente desse debate, deseja ouvir as diversas vozes envolvidas para formar uma opinião sólida sobre uma proposta legislativa atualmente pendente de votação.

Em pauta está o Projeto de Lei 3361/12, que visa alterar a Lei 12.023/09. Atualmente, essa legislação permite que as atividades de movimentação de mercadorias sejam realizadas tanto por trabalhadores avulsos quanto por empregados com vínculo formal. No entanto, o projeto em discussão propõe uma mudança significativa ao restringir essas atividades exclusivamente a trabalhadores avulsos. Essa alteração, se aprovada, poderia ter um impacto considerável sobre o mercado de trabalho portuário.

Daniel Almeida, que além de sugerir a audiência pública é também relator da proposta, procura agora ouvir representantes sindicais das categorias diretamente afetadas por essa potencial mudança legislativa. A ideia é que essas audiências forneçam dados e opiniões que possam auxiliar na elaboração de um parecer mais abrangente e representativo.

A questão central de restringir a movimentação de mercadorias apenas a trabalhadores avulsos suscita debates intensos, dada a complexidade e a importância do trabalho realizado nos portos. Trabalhadores avulsos são aqueles que não têm vínculo empregatício fixo com uma empresa específica, mas são chamados conforme a demanda de serviço.

Esse formato de trabalho apresenta tanto vantagens quanto desvantagens. Por um lado, oferece flexibilidade, e por outro, pode não garantir a mesma estabilidade e benefícios trabalhistas que teriam os empregados formais. Por isso, a audiência pública proposta visa um debate amplo e participativo, visando assegurar que todas as implicações da mudança sejam cuidadosamente consideradas.

Assim, a reunião de terça-feira promete ser decisiva para os trabalhadores do setor portuário e para a economia nacional como um todo. As discussões que emergirem desse encontro poderão moldar o futuro do trabalho em uma das áreas mais vitais do comércio brasileiro.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

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