Na quinta-feira, 15 de setembro, uma equipe especializada da Polícia Científica empreendeu uma importante missão de perícia técnica em uma área rural de Água Branca, que foi severamente afetada por um incêndio florestal combinado com o desmatamento ilegal. O trabalho foi conduzido pelos peritos criminais Jana Kelly, Nathalia Gonzaga e Lincoln Machado, da Seção de Perícias de Crimes Ambientais do Instituto de Criminalística, com a supervisão do perito-geral adjunto, Wellington Melo.
Durante a operação, a equipe utilizou um drone para realizar a captura de imagens aéreas da região devastada. Essas imagens servirão para a criação de uma ortofoto, uma representação cartográfica de alta precisão que permitirá medições detalhadas dos danos causados. Adicionalmente, as imagens capturadas serão analisadas em conjunto com dados da Plataforma Brasil Mais. Essa abordagem visa avaliar a temporalidade e a extensão dos prejuízos ambientais que ocorreram no local.
A perícia revelou diversas evidências de crimes ambientais, demonstrando a degradação da área. Entre os indícios encontrados estavam o corte ilegal de árvores nativas, a destruição de habitats naturais de abelhas e a queima intensa de vegetação. Os peritos também conseguiram traçar a possível origem do incêndio e seu impacto devastador em propriedades vizinhas, onde foram observadas perdas significativas, como a destruição de sistemas de irrigação e culturas frutíferas.
É importante ressaltar que a área afetada está inserida no bioma da Caatinga, que é uma região ecologicamente relevante e abriga uma Área de Proteção Permanente (APP), contendo nascentes e vegetação de alta importância ecológica. As ações da perícia ambiental são fundamentais para medir os danos, identificá-los e subsidir investigações e processos judiciais com rigor técnico e científico.
Os especialistas envolvidos destacaram a importância dessa atuação, especialmente considerando que a Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil, caracterizado por ecossistemas frágeis e espécies adaptadas a condições climáticas adversas. A realização de perícias não apenas busca responsabilizar os infratores, mas também se alinha às metas de recuperação ambiental e preservação da biodiversidade local, que são cruciais para o equilíbrio ecológico da região.
Com informações e fotos da Semarh/AL