A cafeicultura na região amazônica tem passado por significativas transformações, impulsionadas pelo cultivo de variedades clonais de café, como os Robustas Amazônicos, e pelo uso de tecnologias recomendadas pela Embrapa. Essas mudanças têm possibilitado um salto na produtividade das lavouras e na qualidade dos grãos, impactando positivamente a vida dos agricultores familiares da região.
Inicialmente cultivados apenas em Rondônia, os Robustas Amazônicos agora também são plantados por cafeicultores familiares do Acre, Amazonas e Roraima. Além disso, a cafeicultura em terras indígenas tem se mostrado sustentável e tem gerado renda para essas comunidades, contribuindo para o aproveitamento de áreas degradadas e para a preservação ambiental.
O uso de clones de café, aliado a práticas de manejo adequadas, tem permitido que os produtores quadrupliquem sua produção, passando de uma média de 20-30 sacas por hectare para até 120 sacas. Isso tem proporcionado mais renda e qualidade de vida para as famílias rurais da Amazônia. A cafeicultura tem se tornado uma atividade prioritária em diversos estados, como Acre e Rondônia, que hoje apresentam médias de produção que antes eram incomuns, chegando a superar as 200 sacas por hectare em algumas propriedades.
O relato de agricultores como Wanderlei de Lara, do Acre, que conseguiu aumentar sua produtividade significativamente após adotar os clones de Robustas Amazônicos, demonstra o impacto positivo dessas práticas na vida dos produtores. Da mesma forma, a criação de cooperativas e a valorização da qualidade dos grãos têm impulsionado o setor, atraindo turistas e gerando oportunidades de negócios e renda em comunidades rurais da região.
Além disso, a cafeicultura indígena, como o caso do projeto “Tribos” em Rondônia e a comunidade Kauwê em Roraima, tem mostrado bons resultados, gerando renda e visibilidade para essas populações. A produção de cafés especiais nessas áreas tem atraído consumidores de todo o mundo e representado uma importante fonte de sustento para as famílias indígenas.
Em resumo, o cultivo de clones de café e o uso de tecnologias adequadas têm impulsionado a cafeicultura na região amazônica, aumentando a produtividade das lavouras, elevando a qualidade dos grãos e gerando renda e oportunidades para os agricultores familiares. A sustentabilidade ambiental e social da atividade tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento econômico e a valorização das comunidades locais.
Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Alexsandro Teixeira / Embrapa