Na manhã desta segunda-feira, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh) apresentou um novo boletim sobre a situação dos rios que cortam o estado, em um momento em que as chuvas, que começaram a intensificar-se desde o fim de semana, continuam a influenciar o nível das águas. A maioria dos rios monitorados mostra elevações dentro da normalidade, mas alguns locais específicos demandam atenção redobrada.
Dentre as regiões que carecem de monitoramento cuidadoso, destacam-se São Luiz do Quitunde, Jundiá e Porto Calvo. As lagoas Mundaú e Manguaba, que recebem águas dos rios Paraíba, Mundaú e Sumaúma, estão em constante elevação, aproximando-se do nível que exige um alerta. Embora ainda se encontrem dentro dos parâmetros seguros, a situação requer vigilância constante para evitar surpresas.
Quanto ao Rio Paraíba, este apresentou uma elevação significativa em toda sua extensão, especialmente nas cabeceiras, mas estabilizou durante a madrugada, com uma leve alta observada pela manhã, mantendo-se dentro da calha e sem risco de transbordamento. O Rio Mundaú também teve elevações relevantes, especialmente em Santana do Mundaú e São José da Laje, onde os níveis estão crescendo. A partir de União dos Palmares, notou-se um aumento mais acentuado, embora os níveis permaneçam controlados e sem incidências de transbordamento.
No que diz respeito ao Rio São Miguel, as águas mantiveram-se altas e estáveis durante a madrugada, com uma leve elevação observada pela manhã, mas continuam dentro das margens seguras. Nos municípios de Flexeiras e Jacuípe, os rios Jitituba e Jacuípe atingiram níveis altos sem transbordar, apresentando sinais de estabilização. Contudo, a situação do Jitituba é preocupante, já que alagamentos pontuais podem ocorrer caso as chuvas continuem a elevar os níveis.
Entretanto, a situação é mais crítica para os rios Santo Antônio, Manguaba e Porto Calvo, que seguem com elevações contínuas desde o último domingo e correm o risco de atingir a cota de transbordamento dependendo da quantidade de precipitação prevista. O Rio Camaragibe também representa um risco, especialmente nas áreas mais baixas de Matriz de Camaragibe e Passo de Camaragibe, onde o escoamento das águas é comprometido por fatores como a ação das marés.
A Semarh está atuando em conjunto com a Defesa Civil, monitorando em tempo real as condições dos corpos hídricos, e recomendou à população que evitem áreas de risco, fiquem atentos a comunicados oficiais e se abstenham de compartilhar informações não verificadas. Em situações de emergência, a população deve entrar em contato com a Defesa Civil pelo número 199 ou com o Corpo de Bombeiros pelo 193.
Com informações e fotos da Semarh/AL