Na manhã desta quarta-feira, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh) divulgou um boletim hidrológico que revela uma situação crítica nos rios e lagoas da região. Os níveis dos rios São Miguel, Jacuípe, Santo Antônio, Manguaba e Camaragibe continuam a aumentar, despertando preocupações nas autoridades e na população local.
Em São Miguel dos Campos, o rio que leva o mesmo nome já alcançou a marca de 348 cm, superando a cota de atenção de 300 cm, o que indica um estado crítico, embora ainda esteja em processo de estabilização. Na cidade de Flexeiras, a situação é ainda mais alarmante: o rio Jitituba, que transbordou, atingiu 424 cm, muito acima da cota de transbordo, resultando em alagamentos e complicações para os moradores da área.
O rio Jacuípe apresenta uma elevação considerável, com um aumento de 30 cm por hora desde as quatro da manhã, chegando a 399 cm, que coloca o rio próximo de atingir a cota de atenção. Essa situação exige vigilância constante da população e das autoridades, que estão em estado de alerta para evitar maiores danos.
Na região de São Luiz do Quitunde, o rio Santo Antônio registrou um nível de 469 cm, enquanto o Manguaba, em Porto Calvo, alcançou 250 cm. Ambas as localidades estão enfrentando alagamentos em áreas ribeirinhas, o que destaca a gravidade da situação nos rios da região.
O litoral Norte também relata desafios sérios. O rio Camaragibe, situado em áreas mais baixas de Matriz e Passo de Camaragibe, já apresenta pontos de transbordamento, uma condição que se agrava pela influência das marés e do mar na região.
Em relação às lagoas, Mundaú e Manguaba continuam a demonstrar elevações constantes nos seus níveis. Em Marechal Deodoro, a lagoa Mundaú atingiu 252 cm, superando o nível de atenção de 230 cm. Já em Pilar e Maceió, os níveis de água permanecem em 130 cm e 90 cm, respectivamente. Diante de toda essa situação, a Semarh mantém suas equipes em campo, atuando de forma contínua e atualizando os dados em tempo real para monitorar a dinâmica hídrica da região e assegurar a segurança da população.
Com informações e fotos da Semarh/AL