- O Restaura Amazônia destinará R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões do Fundo Amazônia.
- Foi anunciado também os projetos selecionados no programa Floresta Viva, que incluirá investimentos superiores a R$ 58 milhões em iniciativas no Cerrado e no Pantanal.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras assinaram um protocolo de intenções para o programa Restaura Amazônia, que visa à restauração ecológica e à geração de emprego e renda na Amazônia Legal. A parceria prevê um investimento total de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, com R$ 50 milhões oriundos do Fundo Amazônia.
A cerimônia de assinatura ocorreu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com a presença de diretores do BNDES e da Petrobras. O programa busca restaurar aproximadamente 15 mil hectares de vegetação nativa em estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão, especialmente em regiões do Arco do Desmatamento. O primeiro edital relacionado ao programa será publicado ainda neste ano.
O Restaura Amazônia contará com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), concentrando esforços na contenção do desmatamento e na conservação da biodiversidade em diversas áreas, incluindo terras indígenas e unidades de conservação.
Os objetivos do programa incluem a preservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade da água, a redução da erosão do solo, e a captura de carbono, além da geração de empregos e renda. O programa também se alinha ao Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), focando no fortalecimento da cadeia produtiva da recuperação e na atração de investimentos.
Foto: Rossana Fraga – BNDES / Divulgação
O projeto Restaura Amazônia faz parte de uma iniciativa maior que visa desenvolver um corredor florestal de 6 milhões de hectares, com a expectativa de remover 1,65 bilhão de toneladas de CO2 até 2030 e 24 milhões de hectares até 2050, um espaço maior que o estado de São Paulo.
Além do Restaura Amazônia, foram anunciados projetos no edital Corredores de Biodiversidade, da iniciativa Floresta Viva, que também receberá investimentos de R$ 58,6 milhões. Doze projetos de restauração ecológica foram selecionados, abrangendo uma área total de 2.744 hectares e melhorias na cadeia produtiva de restauração em sete corredores de biodiversidade, com ações em estados como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) gerencia a iniciativa Floresta Viva, e os projetos contemplados incluem diversas ações voltadas para a conservação e a restauração de ecossistemas, com foco em áreas afetadas por estiagens e incêndios. A expectativa é que esses projetos fortaleçam políticas públicas e envolvam as comunidades locais na restauração ambiental.
Floresta Viva – A iniciativa, que utiliza o modelo de matchfunding, totaliza um investimento de mais de R$ 500 milhões em projetos que envolvem soluções baseadas na natureza. O foco é na restauração ecológica, no estímulo à economia local e no desenvolvimento sustentável de manguezais, cerrado e pantanal. Um edital adicional para a recuperação de manguezais foi também lançado, com um investimento de R$ 47 milhões, resultando na seleção de oito projetos nas regiões Norte e Sudeste do Brasil.
No total, somando os investimentos do edital Corredores de Biodiversidade e do edital Manguezais do Brasil, a parceria na iniciativa Floresta Viva representa mais de R$ 100 milhões direcionados a 20 projetos de restauração ecológica em biomas importantes para a conservação ambiental no país.
Veja a apresentação:
Com informações e fotos do BNDES