A Plataforma de Investimentos do Brasil (BIP) foi criada para apoiar os planos de transformação ecológica e transição climática do país. Este novo instrumento visa aumentar a mobilização de capital internacional para programas e projetos alinhados com essas iniciativas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está colaborando com várias organizações, incluindo Bloomberg Philanthropies e a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ), no lançamento da BIP. A plataforma tem como objetivo expandir e otimizar investimentos de transição em setores-chave, servindo de referência para outros países que buscam transformar suas economias em direção à sustentabilidade.
O BNDES atuará como anfitrião da Secretaria da BIP, com suporte do Programa de Preparação do Fundo Verde para o Clima (GCF) e da Bloomberg Philanthropies. O histórico do BNDES em fomentar o desenvolvimento social, econômico e de infraestrutura será fundamental para o sucesso da plataforma.
Em 2023, o Brasil atualizou sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), prevendo uma redução de 53% nas emissões até 2030, com o objetivo de se tornar a primeira nação do G20 a alcançar emissões líquidas zero, ao mesmo tempo em que gera empregos e promove a prosperidade. As metas incluem o combate ao desmatamento, práticas agrícolas sustentáveis, descarbonização industrial, uso de fontes de energia renovável, transporte sustentável e desenvolvimento da bioeconomia. No entanto, ainda é necessário aumentar o financiamento para essas iniciativas.
A BIP se baseará em esforços anteriores do BNDES e do GFANZ para ampliar os investimentos em transição, integrando iniciativas existentes e mobilizando capital necessário para apoiar estratégias de transformação e climáticas.
A BIP focará em três setores principais:
1. Soluções baseadas na natureza e bioeconomia, incluindo restauração de vegetação, manejo sustentável, redução de desmatamento e agricultura regenerativa.
2. Indústria e mobilidade, priorizando descarbonização em setores como aço, alumínio, cimento e mobilidade elétrica.
3. Energia, capacitando projetos de energia solar, eólica, biocombustíveis e eficiência energética.
Além disso, a BIP identificou projetos-piloto já no valor total de US$ 10,8 bilhões, que ajudam a testar critérios e modelos operacionais, incluindo iniciativas significativas como a proposta de combustíveis renováveis, restauração de corredores ecológicos e a construção de plantas industriais de fertilizantes verdes e hidrogênio.
A plataforma será flexível e adaptável, criando um fórum global para colaboração entre setores público e privado a fim de mobilizar investimentos para projetos prioritários que estejam alinhados com as metas do governo.
Com informações e fotos do BNDES