O projeto de recuperação e ampliação da Rodovia Presidente Dutra (BR-116 RJ/SP) e da Rodovia Rio-Santos (BR-101 RJ/SP) contará com um total de 602 km de faixas adicionais e 144 km de vias marginais, com o objetivo de aumentar a capacidade de tráfego. O percurso será monitorado por câmeras e oferecerá conectividade via internet aos usuários.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um apoio financeiro de R$ 10,75 bilhões à Concessionária do Sistema Rio–São Paulo S.A. (CCR RioSP), que inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história, totalizando R$ 9,4 bilhões. Desde o anúncio do investimento em julho do ano anterior, o BNDES já desembolsou R$ 2,5 bilhões, com a liberação dos recursos ocorrendo conforme os investimentos são realizados. O total previsto para investimentos no projeto é de R$ 15,5 bilhões, o que representa o maior valor entre todas as concessões rodoviárias federais, com potencial para gerar 40 mil empregos durante a implantação e mais de 3 mil postos de trabalho após a conclusão.
Um dos principais trechos da obra, localizado entre os municípios de Piraí e Paracambi, no Rio de Janeiro, terá um investimento de R$ 1,5 bilhão, sendo 70% desse montante financiado pelo BNDES. O novo traçado incluirá oito faixas, com quatro para cada sentido, além de acostamentos. A velocidade permitida na nova pista será de 80 km/h, resultando em uma redução de 25% do tempo de percurso na subida (sentido São Paulo) e de 50% na descida (sentido Rio de Janeiro). Estão previstos 24 novos viadutos e 2 rampas de escape, devido à alta demanda na região, que apresenta um fluxo mensal de cerca de 390 mil veículos, dos quais 36% são veículos de carga.
As obras incluem a execução de 600 mil metros cúbicos de desmontes de rochas, o uso de 129 mil metros cúbicos de concreto, 16,5 milhões de quilos de aço, 68.830 metros quadrados de solo grampeado e 2.730 metros quadrados de cortina atirantada. Mais de 2 mil colaboradores estão atualmente empenhados no projeto, e espera-se que até o final da obra, mais de 5 mil pessoas tenham participado.
O andamento da obra está em ritmo avançado, com 25% já executado. Até o momento, cinco das 50 vigas foram instaladas e 502 das 2.200 fundações planejadas foram concluídas. A concessionária está operando em 25 das 34 frentes de trabalho e trabalhando em 12 fundações para os 24 viadutos a serem construídos na Serra. As previsões para conclusão da nova pista de subida são para 2028 e da nova pista de descida para 2029.
O projeto prevê a expansão em 40% da capacidade das rodovias, a construção de uma nova pista de subida com 8 km de extensão e quatro faixas, além da duplicação de 82 km da BR-101, com melhorias e faixas adicionais nos trechos Rio-Mangaratiba e Angra-Ubatuba. O sistema de cobrança nas rodovias será do tipo free flow, sem cancelas de pedágio, para melhorar a fluidez do tráfego, além de oferecer desconto para usuários frequentes, tarifa diferenciada de segunda a quinta-feira na BR-101 e desconto básico para uso de tag (sem parar).
Com informações e fotos do BNDES