Revitalização do Monumento Nacional aos Mortos na Segunda Guerra Mundial
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Defesa, com a participação do Exército Brasileiro, visando a revitalização e restauração do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. O monumento, inaugurado em 5 de agosto de 1960, apresenta problemas de conservação desde o início dos anos 1970.
A assinatura do acordo ocorre em um contexto simbólico, coincidente com os 80 anos da tomada de Monte Castello, na Itália, pelas tropas aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, que incluiu a Força Expedicionária Brasileira (FEB). O monumento, que serve como mausoléu para os restos mortais de ex-combatentes brasileiros que perderam a vida em solo italiano, é considerado um importante equipamento cultural.
A primeira intervenção significativa no monumento ocorreu em 1972, quando foram identificados problemas na plataforma em balanço. Novas trincas foram constatadas em 1984, e uma vistoria técnica foi realizada nos anos 90, mas a revitalização efetiva começou apenas em 2001. No momento, as estruturas do monumento encontram-se deterioradas e em risco de colapso.
O projeto de revitalização, desenvolvido em parceria com a Fundação Cultural Exército Brasileiro (Funceb), será realizado em três etapas, envolvendo nove licitações e um investimento total estimado de R$ 58,6 milhões. O objetivo é melhorar as condições de preservação do acervo, aumentar a acessibilidade e segurança para visitantes e militares, além de fortalecer o turismo cultural e educacional na cidade. Assim, o monumento buscará se tornar um espaço de aprendizado sobre a história e os impactos da Segunda Guerra Mundial.
O acordo estabelece um prazo de 60 meses para a troca de informações e auxílio técnico, com possibilidade de prorrogação. O BNDES oferecerá suporte técnico nas atividades de restauração e articulação de recursos adicionais, sem transferência de valores entre as partes.
Desde a regulamentação da Lei Rouanet, o BNDES tem sido o maior apoiador de projetos de preservação do patrimônio histórico, tendo em seu histórico mais de 400 projetos apoiados, totalizando R$ 1,6 bilhão em valores correntes, representando 13% do total da Lei Rouanet. Além disso, recursos não reembolsáveis do BNDES Fundo Cultural poderão ser utilizados para o restauro do monumento.
Com informações e fotos do BNDES