- Financiamento à Madeflona fortalece a preservação de 141 mil hectares de floresta amazônica
- Nova tecnologia reduz custo, agrega valor e proporciona ganhos de qualidade e durabilidade, de forma sustentável
- Projeto está alinhado à agenda de restauração e conservação florestal, com R$ 1,16 bilhão em apoio financeiro desde 2023
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 43,3 milhões à Madeflona Industrial Madeireira Ltda., por meio do Fundo Clima, vinculado à Política Nacional sobre Mudança do Clima. O objetivo é a implantação de uma unidade de secagem de madeira de espécies nativas proveniente de manejo florestal sustentável em Itapuã do Oeste (RO).
A madeira será proveniente do manejo sustentável das Florestais Nacionais (Flonas) de Jamari e Jacundá, em uma área total de 141 mil hectares concessionada à Madeflona. A nova planta utilizará estufas a vapor com controle de temperatura e umidade, a técnica chamada kiln drying, que aumenta o valor da madeira produzida. As pranchas tratadas por esse processo, inédito na Região Norte, oferecem maior resistência à deformação e empenamento, menos manchas e variações de coloração, e melhor aderência a acabamentos.
A expectativa é que as pranchas submetidas ao método kiln drying tenham um preço 21% superior ao das pranchas desumidificadas convencionalmente e 8,23 vezes o preço das toras in natura. Simultaneamente, o custo de secagem, atualmente realizado em plantas de terceiros, deverá ser 72,1% menor.
O aumento das temperaturas globais e as emissões de gases de efeito estufa tornam urgente a restauração e conservação das florestas. O projeto, com tecnologia inovadora, demonstra a viabilidade econômica do manejo florestal sustentável, contribuindo para a geração de emprego e renda local, promovendo um modelo de desenvolvimento mais inclusivo e duradouro.
O projeto é um marco para a Madeflona, que destaca o apoio do BNDES e do ministério vinculado, como uma oportunidade de concretizar seu compromisso com a inovação tecnológica e sustentabilidade. As modernizações previstas permitirão a utilização de tecnologias de baixo carbono e maior eficiência na produção sustentável, promovendo o uso responsável das florestas.

Foto: Madeflona – Divulgação
Instalações – A nova unidade será construída em um terreno de 64 mil metros quadrados, onde serão instaladas 20 câmaras para a secagem de 20 mil metros cúbicos de pranchas por ano. O processo contará com aquecimento gradual, ventilação controlada e sensores para ajustes automáticos, assegurando umidade ideal entre 8% e 12%.
O projeto não apenas reduz custos e melhora a qualidade da madeira, mas também diminui custos de transporte e consumo de óleo diesel, permitindo ainda o aproveitamento de cerca de 5 mil metros cúbicos de biomassa por ano, o que contribui para a redução dos impactos ambientais.
Florestas – O financiamento do BNDES à Madeflona está inserido na agenda estratégica de restauração e conservação florestal, que já conta com R$ 1,16 bilhão em apoio financeiro desde 2023.
Deste total, R$ 650 milhões são recursos não reembolsáveis, apropriados para três iniciativas: o Floresta Viva, com recursos do Fundo Socioambiental do BNDES, e o Restaura Amazônia e Florestas do Bem-Estar, com recursos do Fundo Amazônia.
Outros R$ 516,4 milhões, em recursos reembolsáveis, foram aprovados no mesmo período, para projetos relacionados a florestas, por meio de programas como o Fundo Clima e BNDES Finem – Recuperação e Conservação de Ecossistemas e Biodiversidade.

Foto: Madeflona – Divulgação
Com informações e fotos do BNDES