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Iniciativa Viva Pequena África recebe aportes para fortalecer cultura e memória afro-brasileira no Rio

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou três novos doadores para a iniciativa Viva Pequena África durante um evento realizado no Armazém Kobra, na zona portuária do Rio. A Ford Foundation e a Open Society Foundations contribuirão com US$ 500 mil cada, aproximadamente R$ 2,9 milhões, enquanto o Instituto Ibirapitanga doará R$ 1,5 milhão. A iniciativa é executada pelo Consórcio Viva Pequena África, formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), pela PretaHub e pela Diaspora.Black.

O evento organizado pelo Consórcio Viva Pequena África, com apoio do BNDES, teve como objetivo apresentar a importância do território da Pequena África e as ações em execução e previstas para os próximos anos. O Cais do Valongo, reconhecido como patrimônio da humanidade pela UNESCO, foi destacado como uma parte central da identidade brasileira.

O diretor da Fundação Ford no Brasil e a diretora de Aberturas Democráticas da Open Society Foundations manifestaram apoio à iniciativa, ressaltando a importância de preservar a cultura e a memória negra, além de fortalecer a participação de organizações da sociedade civil. A diretora de Programas do Instituto Ibirapitanga enfatizou a relevância histórica do Cais do Valongo e a necessidade de ações para reparar legados da desigualdade racial.

A iniciativa Viva Pequena África recebe apoio não reembolsável de R$ 10 milhões do Fundo Cultural do BNDES, com um investimento total previsto de R$ 20 milhões em projetos e ações voltadas para a capacitação e articulação de instituições culturais do território. O objetivo é promover o turismo cultural e a comercialização de produtos de afroempreendedores, conectando a área aos principais circuitos turísticos.

O Consórcio Viva Pequena África, vencedor de um processo de seleção pública, visa promover aspectos culturais, pedagógicos e turísticos da região da Pequena África, que abrange os bairros de Saúde, Gamboa e Santo Cristo. Esse território é reconhecido por sua significante contribuição cultural, social e histórica à identidade brasileira.

A Pequena África, como termo utilizado para designar a área, é marcada por intensa diversidade cultural e um histórico de resistência. O sítio arqueológico do Cais do Valongo, revelado em 2011, foi reconhecido em 2017 pela UNESCO como Patrimônio Cultural Mundial. A iniciativa irá apoiar cerca de 50 instituições culturais no território e mapear outros locais representativos da herança cultural africana no Brasil.

O BNDES pretende estruturar uma nova identidade urbanística para a Pequena África, promovendo o desenvolvimento econômico e social local e evitando a gentrificação. Durante a cúpula social do G20, serão realizadas visitas guiadas pelo território, além de rituais e apresentações culturais promovidas pelo consórcio.

Com informações e fotos do BNDES

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