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Iniciativa Restaura 1,7 Mil Hectares de Manguezais e Restingas em Projeto de Conservação

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  • Parceria entre BNDES, Petrobras e FUNBIO viabilizou edital “Manguezais do Brasil”, selecionando oito projetos para recuperar 1,7 mil hectares de vegetação nativa.

 

  • Encontro promovido para troca de conhecimentos e experiências sobre políticas públicas e ações de restauração, realizado nos dias 9, 10 e 11, no Rio de Janeiro.

A iniciativa Floresta Viva, que visa a restauração ecológica, completou um ano com um encontro envolvendo oito projetos selecionados pelo edital “Manguezais do Brasil,” nos dias 9, 10 e 11 de junho, no Rio de Janeiro. Esses projetos são financiados com R$ 47 milhões do Fundo Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras, com gestão do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

O edital, lançado em 2023 como a primeira chamada pública do Floresta Viva, pretende recuperar 1.757 hectares de vegetação nativa em áreas de manguezal e restinga em três macrorregiões do país: Costa Norte, Nordeste/Espírito Santo e Sul/Sudeste. Até o momento, foram desembolsados R$ 16,6 milhões, o que corresponde a 35% dos R$ 50 milhões projetados para esses oito projetos.

O presidente do BNDES destacou que a iniciativa Floresta Viva é uma estratégia relevante para enfrentar a emergência climática. Os projetos apoiados não apenas restauram manguezais e restingas, mas também fortalecem cadeias produtivas sustentáveis nas regiões, gerando emprego e renda. Essas ações estão alinhadas com a agenda de proteção dos ecossistemas costeiros e marinhos.

Rosa Lemos de Sá, Secretária-geral do FUNBIO, ressaltou que o Floresta Viva é diferenciado por reunir diversos setores da sociedade em um esforço conjunto para fortalecer a cadeia de restauração ecológica, que oferece benefícios ambientais e sociais, fomentando uma nova economia nas regiões impactadas.

Projetos – O evento contou com a participação de representantes de organizações ambientais, técnicos e lideranças comunitárias focados na restauração de ecossistemas costeiros. O encontro facilitou o intercâmbio de experiências e conhecimentos sobre políticas públicas e práticas de restauração ambiental.

Uma visitação destacou o projeto “Verde é Vida: Manguezais da Baía de Guanabara,” do Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA), na Área de Proteção Guapimirim e da Estação Ecológica Guanabara (RJ). Apoiado com R$ 5,7 milhões do Floresta Viva, este projeto utiliza drones para mapear áreas degradadas, realizar roçadas e a retirada de espécies invasoras, além do plantio de mudas nativas, visando a restauração de 201 hectares de manguezais até 2026.

O fundador do ITPA mencionou que a restauração da Mata Atlântica deve envolver múltiplos setores, incluindo a sociedade civil organizada, universidades e outros segmentos. Ele citou a participação de mais de 30 trabalhadores locais, envolvendo pescadores e catadores de caranguejo na abertura de áreas para plantio.

Outro projeto apresentado foi “Entre Mangues e Caranguejos,” da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), que já plantou 28 mil mudas nos manguezais do Paraná e desenvolveu ações de monitoramento da fauna e coleta de sementes. O projeto também conta com o apoio de R$ 5,7 milhões do Floresta Viva.

O “Replanta Mangue,” executado pelo SOS Sertão na Paraíba, recebeu apoio de R$ 4,4 milhões, ampliando em 230 hectares a área prevista para restauração e capacitando quase 300 pessoas em técnicas de coleta e produção de mudas.

Participaram do encontro representantes de vários outros projetos que visam a restauração de manguezais e restingas em diversas regiões.

Floresta Viva – Criada em 2022, a iniciativa Floresta Viva apoia projetos de restauração ecológica com espécies nativas em todos os biomas brasileiros, visando também fortalecer a cadeia produtiva da restauração e promover sistemas agroflorestais. A meta é investir R$ 693 milhões ao longo de sete anos, com expectativa de restaurar entre 25 mil e 35 mil hectares e remover até 11 milhões de toneladas de CO₂ da atmosfera.

Até o momento, 42 projetos foram selecionados por meio de oito editais, totalizando R$ 236,2 milhões em recursos não reembolsáveis. Além do edital de manguezais, a iniciativa conta com o apoio de várias instituições parceiras do setor público e privado.

Com informações e fotos do BNDES

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