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Fundo Amazônia Registra Aprovados de R$ 1,189 Bilhão, O Melhor Desempenho Semestral da História

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  • Resultado recorde marca novo ritmo de atuação do Fundo, resultado da estratégia para ampliar impacto e escala
  • Projeto do Ibama, agora aprovado, é o maior da história do Fundo, com R$ 825 milhões para modernizar fiscalização ambiental
  • Apoio a comunidades indígenas e quilombolas, alimentação escolar, bombeiros e restauração florestal demonstra a diversidade de atuação do Fundo

O Fundo Amazônia já aprovou, em 2025, recursos que somam R$ 1,189 bilhão, o melhor desempenho semestral de sua história, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este resultado é superior ao valor aprovado em 2024 e representa o dobro do volume de recursos aprovados em 2023, quando o Fundo foi retomado. O balanço da gestão foi apresentado à imprensa antes da 33ª reunião do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA).

A reunião ocorreu em Brasília e contou com a presença de representantes de oito ministérios, dos nove estados da Amazônia Legal, de entidades da sociedade civil e de doadores do Fundo.

O montante de R$ 1,189 bilhão indica um recorde anual, superando o total registrado em cada um dos anos desde 2009, quando o Fundo foi criado, considerando os valores ajustados pela inflação. O melhor desempenho até então havia sido registrado no ano anterior, com aprovações que totalizaram R$ 947 milhões (valores já corrigidos). Em 2023, foram aprovados R$ 584 milhões, após quatro anos de paralisação.

grafico-aprovacoesFonte: BNDES

Os resultados refletem uma mudança significativa na atuação do Fundo Amazônia, com ganhos de escala e um novo ritmo de aprovação focado em projetos estruturantes e estratégicos. Desde 2009, foram aprovados 133 projetos, dos quais 31 (23,3%) ocorreram desde 2023.

Entre as iniciativas lançadas por meio de editais, destacam-se:

  • Restaura Amazônia (R$ 450 milhões), voltado a projetos de restauração ecológica e produtiva;
  • Amazônia na Escola (R$ 332 milhões), que leva a produção de agricultores familiares a escolas públicas;
  • Sanear Amazônia (R$ 150 milhões), que financia a implantação de tecnologias sociais de acesso à água de qualidade e produção de alimentos na Amazônia;
  • Naturezas Quilombolas (R$ 33 milhões), visando apoiar comunidades quilombolas em sua gestão territorial e ambiental;
  • FORTFISC (R$ 825 milhões), para fortalecer a capacidade do Ibama na fiscalização ambiental contra o desmatamento ilegal;
  • Investimentos para a Polícia Federal, Rodoviária Federal, e forças policiais dos nove estados da Amazônia Legal e Companhia de Operações Ambientais (R$ 318 milhões);
  • Investimentos nas corporações dos corpos de bombeiros dos estados da Amazônia Legal (R$ 371 milhões);
ReuniãoCOFA1 (3)Bruno Spada /BNDES

De 2009 até junho de 2025, o Fundo Amazônia aprovou R$ 5,6 bilhões para projetos, desembolsando R$ 2,7 bilhões para sua execução. A diferença entre esses valores se deve ao período necessário para a estruturação e execução dos projetos, com recursos desembolsados conforme a implementação.

Os dados mostram que, além de acelerar o ritmo de aprovação, o Fundo tem ampliado os desembolsos, com entregas em diferentes regiões da Amazônia Legal, voltadas a temas estratégicos como combate ao desmatamento, inclusão produtiva e social, e geração de renda para comunidades tradicionais. No primeiro semestre, foram liberados R$ 158 milhões, valor três vezes maior que o total liberado em 2023 (R$ 51 milhões) e cerca de 75% do desembolsado em todo o ano anterior (R$ 209 milhões).

grafico-desembolsos

Fonte: BNDES

O desempenho recorde do Fundo Amazônia indica que o mecanismo entrou em um novo ciclo, com maior ritmo, capilaridade e impacto real na ponta. Os projetos aprovados têm grande escala e profundidade territorial, estruturando iniciativas que fortalecem políticas públicas e apoiam diretamente ações de combate ao desmatamento e proteção ambiental.

O Fundo Amazônia alcança uma nova escala de atuação, com ampliação da capacidade de transformar a realidade da região. O volume recorde de aprovações neste semestre é resultado da implementação de uma política ambiental combinando comando e controle, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Os recursos estão sendo direcionados a áreas mais pressionadas, com foco em soluções estruturantes, especialmente no enfrentamento de novos desafios como os incêndios florestais.

Desempenho – O desempenho do primeiro semestre de 2025 foi impulsionado pela aprovação do projeto FORTFISC, que destina R$ 825 milhões ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), visando aumentar a capacidade de controle e fiscalização ambiental, fundamentais para reduzir a taxa de desmatamento na Amazônia. Este volume destina-se à modernização da fiscalização, aquisição de equipamentos e aprimoramento de gestão, entre outras ações.

Outros R$ 360 milhões foram aprovados para projetos diversificados entre as principais agendas de combate e prevenção do desmatamento. Este ano, pela primeira vez, o Fundo se voltou para a saúde indígena e Terras Indígenas de outros biomas, com atuação em 27 Terras Indígenas em um único projeto. Também foi aprovado um projeto no Acre no âmbito da Amazônia na Escola, para fortalecer a produção sustentável de alimentos nas redes públicas de ensino. Adicionalmente, houve promessas de inclusão social e produtiva de comunidades da Amazônia Legal.

Diversificação e capilaridade dos projetos – A diretora do BNDES ressaltou a importância da diversificação e do alcance dos projetos aprovados. O incentivo às atividades sustentáveis resulta em melhorias significativas na qualidade de vida das comunidades que conservam a floresta e promove o desenvolvimento de uma economia cooperativa, em substituição a modelos predatórios. Ações de comando e controle são essenciais para conter o desmatamento e crimes correlatos, sendo necessário um equilíbrio nessa agenda.

ReuniãoCOFA1 (2)Bruno Spada / BNDES

Os recursos do Fundo Amazônia atingem comunidades que não teriam como acessar diretamente os recursos, como comunidades quilombolas, organizações indígenas, extrativistas e agricultores familiares. Apenas nove projetos conseguirem multiplicar o alcance, beneficiando 128 instituições. Por exemplo, o projeto Dabucury – Gestão Territorial e Ambiental na Amazônia Indígena, aprovado em 2023, apoiou 28 instituições exclusivamente indígenas nos nove estados da Amazônia Legal.

O edital Restaura Amazônia integra a iniciativa do Arco da Restauração, voltado à recuperação da vegetação nativa degradada na região do “Arco do Desmatamento”, abrangendo áreas de diversos estados. Dos nove editais já lançados, três beneficiam terras indígenas, três atendem a áreas de assentamentos e três se concentram em áreas de conservação.

O Fundo – Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem como objetivo viabilizar apoio a projetos para a conservação e uso sustentável das florestas na Amazônia Legal, que inclui nove estados. O BNDES é responsável pela captação e gestão dos recursos, assim como pela contratação e monitoramento das iniciativas financiadas. As diretrizes para a escolha dos projetos são definidas pelo COFA, alinhadas ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e à Estratégia Nacional para REDD+ (ENREDD+).

Informações detalhadas sobre a governança do Fundo Amazônia e dos projetos apoiados estão disponíveis em: https://www.fundoamazonia.gov.br/

Confira aqui a apresentação feita pelo BNDES.

floresta_amazonica211016ebc0667_MarceloCamargoMarcelo Camargo – BNDES

Com informações e fotos do BNDES

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