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Expertos discutem como bancos públicos podem impulsionar financiamento climático nas cidades durante evento no Brasil

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Durante o painel “Desbloqueando fluxos financeiros — o papel dos fundos, instituições financeiras e governos nacionais no financiamento climático subnacional para soluções urbanas”, realizado no U20 Rio Summit, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enfatizou a importância dos bancos públicos no enfrentamento das emergências climáticas e na transformação dos padrões de consumo relacionados à emissão de gases de efeito estufa.

Ele destacou que, para lidar com a crise climática, é crucial que os bancos alinhem suas operações às metas do Acordo de Paris. O Brasil é apontado como líder na matriz energética, possuindo um dos modelos mais limpos e renováveis do G20, e há um desejo de também liderar a agenda ambiental.

Foi mencionado que a transição para fontes de energia sustentáveis, embora necessária, é custosa e não pode ser realizada apenas pelo mercado, sendo fundamental o apoio por meio de políticas públicas e incentivos de bancos de desenvolvimento. O Fundo Clima foi destacado como um exemplo de sucesso, além de recordes de liberações do Fundo Amazônia e do lançamento do edital Restaura Amazônia, com investimento destinado à restauração ecológica.

O papel das cidades no desenvolvimento de bons projetos, que sejam tecnicamente consistentes e financiáveis, foi ressaltado como um fator importante para a captação de recursos. Os projetos robustos são fundamentais para garantir acesso ao crédito necessário.

Entre as prioridades do BNDES nas cidades estão a adaptação às condições climáticas e a melhoria das infraestruturas urbanas, como a implementação de soluções que absorvam água da chuva e o acesso a água potável em regiões necessitadas.

Os participantes do painel destacaram a relevância dos municípios na luta contra as mudanças climáticas, enfatizando que os cidadãos residem nas cidades e que estas devem ser ativamente envolvidas nessa jornada de descarbonização.

Adicionalmente, foi solicitado que instâncias internacionais, como o G20 e a COP30, cobrem maior responsabilidade e compromisso dos países em relação ao Sul Global, com um especialista notando que as cidades ainda estão sub-representadas nas discussões climáticas, sendo necessário incluí-las para fomentar uma ambição climática comum.

Com informações e fotos do BNDES

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