- A Lifemed recebeu aprovação de um crédito de R$ 60 milhões no programa BNDES Fornecedores SUS.
- A Confiance, fabricante de equipamentos de videocirurgia, teve um crédito de R$ 10 milhões aprovado.
- A Víncula, produtora de próteses ortopédicas, aprovou sua primeira operação com o BNDES no valor de R$ 27 milhões.
- O programa, com orçamento de R$ 500 milhões, tem vigência até junho de 2028 e apoia empresas locais que fornecem equipamentos e materiais de saúde ao SUS.
- Até agora, foram aprovadas três operações, totalizando R$ 97 milhões.
A Lifemed, localizada em Pelotas (RS), foi a primeira empresa a acessar recursos do programa BNDES Fornecedores SUS, criado para apoiar os fornecedores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, foram realizadas três operações com recursos do programa, somando R$ 97 milhões, sendo a da Lifemed a maior, com um crédito aprovado de R$ 60 milhões.
Além da Lifemed, a Víncula, de Rio Claro (SP), realizou uma operação de R$ 27 milhões e a Confiance, do Rio de Janeiro (RJ), recebeu aprovação para um crédito de R$ 10 milhões. A Víncula é responsável pela produção de próteses ortopédicas, enquanto a Confiance é a única empresa brasileira que desenvolve e fabrica equipamentos de videocirurgia.
O programa BNDES Fornecedores SUS foi criado em maio de 2024 com o objetivo de apoiar fabricantes locais de dispositivos para saúde, contribuindo para a meta de aumentar a participação da produção local no consumo nacional de medicamentos, vacinas, equipamentos e materiais para saúde. O orçamento total do programa é de R$ 500 milhões, com vigência até 30 de junho de 2028.
O crédito concedido pelo programa pode auxiliar os fornecedores do SUS a superarem dificuldades como prazos longos de recebimento e a necessidade de recursos para formação de estoques. O fornecimento ao SUS é realizado por meio de vendas para instituições prestadoras de serviços de saúde, que podem incluir entes públicos e organizações sociais.
A base industrial de saúde no Brasil tem crescido nos últimos 20 anos, mas ainda apresenta grande dependência externa, com um déficit comercial de US$ 21 bilhões em 2023. Esse valor representa um aumento de 40% em relação a 2010, abrangendo medicamentos, vacinas e equipamentos de saúde.
O setor é composto por uma diversidade de segmentos, que incluem desde bens de capital de alta complexidade até materiais de consumo médico-hospitalares. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), existem 4.549 empresas de dispositivos médicos no Brasil, com uma receita total de R$ 21,1 bilhões em 2022, sendo a maior parte referente a instrumentos e materiais.
A Lifemed, fundada em 1978, é uma empresa de capital 100% nacional que desenvolve produtos e equipamentos médico-hospitalares em Pelotas (RS). A Víncula, fundada em 2016, tornou-se uma produtora relevante de implantes ortopédicos, atendendo a 40 mil pacientes do SUS anualmente. Por sua vez, a Confiance, em operação desde 2007, tem se destacado na produção de equipamentos de videocirurgia, com toda a pesquisa e desenvolvimento realizada no Brasil.
Com informações e fotos do BNDES