O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Consórcio Nordeste (CNE) firmaram um acordo de cooperação técnica em Natal, Rio Grande do Norte, com o objetivo de apoiar a concepção e estruturação de projetos e políticas públicas, promover intercâmbio de informações e experiências, e realizar ações de capacitação entre as instituições.
O acordo prevê a criação de iniciativas focadas na preservação do bioma Caatinga, no apoio à agricultura familiar, na ampliação das fontes de financiamento, e na redução dos efeitos das mudanças climáticas. Também inclui a promoção de infraestrutura sustentável e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para a redução das vulnerabilidades sociais da região.
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, institucionalizado por meio da congregação dos nove estados nordestinos, abrange uma população de aproximadamente 55 milhões de habitantes. Embora represente 27% da população brasileira, essa região corresponde a apenas 14% do produto interno bruto (PIB) e 11% do crédito para empresas oferecido pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Nos últimos quatro anos, o BNDES aprovou financiamentos para o Nordeste que mostraram um aumento de 45%, passando de R$ 12 bilhões em 2020 para R$ 17,5 bilhões em 2023. Contudo, a participação da região no volume total de aprovações diminuiu de 14% para 10%. Em termos absolutos, entre 2020 e 2023, houve um crescimento de 96,7%. A maior parte das aprovações foi destinada a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), com um aumento de 51%, enquanto as grandes empresas tiveram um crescimento de 43%.
A colaboração entre o BNDES e o CNE foi intensificada com o lançamento do edital Sertão Vivo, em julho de 2023, que é uma iniciativa visando aumentar a segurança alimentar e apoiar a mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas na Caatinga. Em setembro de 2023, foi reinaugurado o Comitê Regional de Instituições de Finanças Federais (Coriff), que desempenha um papel significativo na construção de agendas de impacto integradas com políticas setoriais, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica (PTE).
Com informações e fotos do BNDES
