No dia 11 de outubro, Belém foi a próxima cidade a receber a Caravana BNDES Periferias, após passagens por Recife e Salvador. O evento ocorreu no Centro de Eventos Benedito Nunes, na Universidade Federal do Pará (UFPA), e contou com a participação de 30 representantes de 24 organizações sociais da periferia de Belém e outras localidades da região Norte.
O principal objetivo do encontro foi ouvir as dificuldades enfrentadas por essas entidades na inscrição em editais e coletar informações para a elaboração de chamadas públicas mais inclusivas, previstas para 2025. A gerente da Área de Desenvolvimento Social e Gestão Pública do BNDES ressaltou a importância de compreender as principais dificuldades que as organizações enfrentam para desenvolver projetos e captar recursos.
A necessidade de aproximar o BNDES das organizações sociais nas periferias, especialmente no contexto amazônico, foi destacou por um administrador do banco, enfatizando que a escuta é essencial para que o desenvolvimento alcance essas áreas.
As demandas levantadas incluíram a burocracia, que foi mencionada como um obstáculo significativo, além de questões logísticas, relacionadas às distâncias e aos custos de transporte na Amazônia. Algumas organizações relataram a dificuldade em entender as razões para a rejeição de seus projetos e sugeriram que um retorno sobre essas decisões seria útil para melhorias futuras.
As entidades também apresentaram propostas para aprimorar a relação com o BNDES, incluindo a realização de capacitações online, com atenção às comunidades que enfrentam limitações de acesso à internet.
As discussões da Caravana servirão como base para a reestruturação dos editais do programa BNDES Periferias, lançado em 2023. Os editais já realizados destinaram até R$ 200 milhões para apoiar projetos que visam fomentar o empreendedorismo e a geração de renda em territórios periféricos urbanos. Para 2025, o BNDES busca ajustar seus editais às realidades do Norte e Nordeste.
O programa BNDES Periferias atua em duas frentes: os Polos BNDES Periferias, que promovem a criação de espaços multidisciplinares voltados à integração e ao desenvolvimento comunitário, e a criação de trabalho e renda por meio do apoio a empreendedores, priorizando mulheres, jovens e a população negra, com foco na melhoria de seus negócios.
Com informações e fotos do BNDES