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Brasil busca restaurar florestas para alcançar neutralidade em carbono até 2050, afirma BNDES

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O diretor de Compliance e Riscos do BNDES, Luís Augusto Navarro, afirmou que o Brasil tem potencial para ser o primeiro país do G20 a alcançar a neutralidade em carbono, durante o painel sobre o Climate Scanner na COP29, em Baku, Azerbaijão. O Climate Scanner é um monitoramento global sobre políticas públicas para enfrentar mudanças climáticas, liderado pelo TCU e financiado pelo BNDES com um aporte de US$ 1 milhão.

Navarro destacou que a maior parte das emissões de CO2 no Brasil provém da devastação da floresta e do uso intensivo da agricultura. Ele enfatizou a importância de interromper ou reverter essa devastação, mencionando o compromisso do BNDES em mobilizar recursos para restaurar 24 milhões de hectares até 2050 pelo projeto Arco da Restauração.

Durante o painel, o auditor do TCU, Hugo Freire, apresentou dados do Climate Scanner, que abrange mais de 140 países para avaliar padrões de políticas relacionadas a emergências climáticas. Os dados indicam que 77% dos países com planos setoriais de mitigação ainda precisam melhorar o monitoramento, já que 73% não têm clareza sobre os gastos efetivos com ações climáticas.

A ferramenta, apoiada pelo BNDES em colaboração com o PNUD, representa a principal contribuição do Brasil na Intosai, organização das entidades fiscalizadoras superiores do mundo, atualmente presidida pelo TCU. Os resultados iniciais do Climate Scanner sugerem que as mudanças climáticas afetarão principalmente países vulneráveis, os quais enfrentam dificuldades em obter financiamento. Além disso, 46% dos países não possuem mecanismos para incluir esses grupos nas políticas públicas, e em 40% deles, as políticas não consideram as necessidades desses grupos.

O painel contou também com a participação de outros especialistas e apresentou a programação do BNDES na COP29, que se estende até 22 de novembro, incluindo uma série de eventos e painéis relacionados ao desenvolvimento sustentável e à transição energética.

Com informações e fotos do BNDES

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