O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou uma apresentação na sede do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília, destacando seu desempenho sólido e a geração de lucro. Em 2024, o Banco registrou um lucro consolidado de R$ 26,38 bilhões, com apenas 6,5% desse total (aproximadamente R$ 1,72 bilhão) originando-se de linhas com subsídios. Deste montante, 70% (R$ 1,20 bilhão) estiveram relacionados ao Plano Safra, resultando em apenas R$ 520 milhões, cerca de 1,9% do resultado total, provenientes de fontes subsidiadas fora do Plano Safra, incluindo lucros de fundos públicos.
O BNDES informa que não obtém lucro com taxas incentivadas dos fundos, mas sim com os spreads das operações, assumindo todo o risco de crédito. As despesas financeiras dos fundos são registradas no orçamento e a transparência das operações é garantida através da divulgação online.
Em relação ao Fundo Rio Doce, o BNDES mencionou que a utilização dos recursos não reembolsáveis foi determinada por decisão judicial, e o Banco é responsável pela administração financeira de parte desses recursos. O fundo é resultado de verba indenizatória a ser paga por entidades privadas, sem natureza de receita pública.
Sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), foi destacado que a principal receita virá de depósitos voluntários de empresas, correspondendo a 2% sobre o valor de importações relacionadas à política automotiva.
O programa Rota 2030, que permite a importação de peças isentas de impostos, foi mantido, com uma nova opção para as empresas depositarem o percentual de 2% em um fundo privado a ser gerido pelo BNDES, destinado ao financiamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
O BNDES também administrou cerca de R$ 30 bilhões de recursos públicos, com R$ 20 bilhões destinados a empresas afetadas por desastres naturais no Rio Grande do Sul. Além disso, o Banco geriu R$ 10,4 bilhões do Novo Fundo Clima, contribuindo para a transição energética do país. Esses investimentos aumentaram em 1,48 GW a capacidade de geração renovável e resultaram em 1,5 milhão de metros cúbicos de etanol, que correspondem a 4% da produção nacional. Os investimentos financiados pelo Fundo Clima têm o potencial de evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de CO2 ao longo da vida útil dos projetos.
Com informações e fotos do BNDES