O edital “Sertão + Produtivo” foi lançado para a seleção pública de projetos de empreendimentos coletivos de agricultura familiar no semiárido brasileiro, com foco na produção de alimentos saudáveis e geração de renda. A iniciativa, que abrange 1.477 municípios de 11 estados, é a maior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltada para a inclusão produtiva coletiva, com um investimento de até R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis, sendo R$ 50 milhões de cada uma das instituições participantes. Serão apoiados 10 projetos, cada um com valor máximo de R$ 10 milhões.
As inscrições para o edital estão abertas até 21 de fevereiro do próximo ano e visam selecionar projetos de organizações sem fins lucrativos com histórico de atuação em empreendimentos coletivos de agricultura familiar. Os recursos serão utilizados para fortalecer a capacidade produtiva e de comercialização das cooperativas.
O BNDES organizou os municípios do clima semiárido em 10 regiões, priorizando propostas que atendam a mulheres, jovens, povos e comunidades tradicionais. Os projetos poderão incluir ações relacionadas a sistemas agroecológicos, agregação de valor, sustentabilidade econômica e acesso a mercados.
Os efeitos esperados desta iniciativa incluem o aumento da produção e oferta de alimentos, melhoria da renda dos agricultores familiares organizados e elevação das vendas através de canais de comercialização diversificados. Também está previsto um impacto positivo na segurança alimentar e nutricional das populações vulneráveis e alunos da rede pública de ensino, principalmente com relação ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O edital permite colaboração com outras organizações e apoio a cooperativas centrais, visando o fortalecimento dos empreendimentos coletivos. A agricultura familiar é uma atividade essencial na produção de alimentos no Brasil, cobrindo uma área de 80,9 milhões de hectares e representando 79% dos estabelecimentos rurais na região semiárida.
O BNDES tem atuado na promoção de investimentos de longo prazo na economia brasileira e na redução das desigualdades, contribuindo para a geração de emprego, renda e inclusão social dentro de uma economia sustentável.
Com informações e fotos do BNDES