A Iniciativa de Baku para Financiamento, Investimento e Comércio Climático (BICFIT) visa integrar países em desenvolvimento ao fluxo financeiro global voltado para a descarbonização. A proposta, que é uma das principais entregas da COP29 — encerrada em 22 de setembro no Azerbaijão —, foi lançada em uma reunião de alto nível com a participação de mais de 30 países, além de bancos de desenvolvimento e multilaterais, assim como de órgãos como a UNCTAD e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
As instituições envolvidas farão parte do Diálogo BICFIT, que tem como objetivo promover a colaboração na criação de soluções inovadoras para o financiamento climático, facilitando o cumprimento das metas de descarbonização pelos países em desenvolvimento. A BICFIT também propõe a reforma da arquitetura financeira global, alinhando-se a prioridades destacadas no G20.
O superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri, ressaltou a importância do papel das instituições financeiras nacionais de desenvolvimento no financiamento climático, destacando o comprometimento do banco com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, especialmente o limite de 1,5ºC de aumento na temperatura média global.
A secretária-geral da UNCTAD, Rebeca Grynspan, apontou que as garantias e o custo do capital são os principais obstáculos ao investimento climático em economias emergentes. Na mesma linha, a embaixadora Liliam Chagas, diretora do Departamento de Clima do Ministério das Relações Exteriores, mencionou que a mobilização de recursos para a transição energética é uma função crítica dos bancos de desenvolvimento.
Os Diálogos BICFIT serão realizados regularmente como parte do Fórum Mundial de Investimentos da UNCTAD e em outras plataformas globais, com o próximo encontro previsto para a nona edição do Fórum da UNCTAD, em 2025.
Com informações e fotos do BNDES