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Maceió Celebra 1º Encontro de Saberes e Resistência no Benedito Bentes em "Maio Negro"

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No último sábado, 31 de maio, o Residencial Jorge Quintella, localizado no Benedito Bentes II, foi palco do 1º Encontro de Saberes e Resistência Periférica. O evento, promovido pelo Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas em parceria com o Instituto Raízes da África, contou com o apoio da Prefeitura de Maceió e marcou o encerramento das celebrações do “Maio Negro”, um mês que se destaca na memória brasileira por sua relação com a abolição da escravatura.

Conduzida pela ativista e coordenadora do Instituto Raízes da África, Arísia Barros, a reunião ofereceu um espaço de reflexão sobre as questões de igualdade racial e os desafios persistentes enfrentados pela população negra. Arísia enfatizou a importância de eventos como este, que permitem revisitar as histórias da periferia e promover uma troca de experiências que fortificam a luta contra o racismo contemporâneo, conectando-o à dura herança da escravidão.

A ativista também ressaltou a necessidade de que a discussão sobre a negritude não se restrinja a momentos específicos do ano, como maio e novembro. Ela defendeu que a consciência racial deve ser uma preocupação constante e não apenas uma pauta pontual em datas comemorativas. Segundo Arísia, a invisibilidade histórica da questão negra precisa ser combatida diariamente, visto que a abolição, embora um marco de libertação, não trouxe a verdadeira emancipação social para os ex-escravizados.

Edivânia Gatto, coordenadora do Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas, destacou que a iniciativa visa empoderar mulheres da comunidade, muitas das quais enfrentam condições de dependência e violência. O coletivo não se limita a eventos de conscientização, mas também oferece suporte psicológico e cursos para fomentar a autonomia econômica entre suas integrantes.

Para encerrar o encontro, uma roda de capoeira, liderada por mestres do Grupo de Capoeira Filhos de Angola, foi realizada, acompanhada por sabores da culinária brasileira, como frutas e a tradicional feijoada, que tem raízes na cultura africana. Vale ressaltar que as atividades do “Maio Negro” contaram com suporte logístico da administração municipal, incluindo a disponibilização de espaço, tendas e a doação de alimentos. As ações desse mês refletem um compromisso contínuo com a valorização e a visibilidade da cultura afro-brasileira, promovendo um espaço de diálogo e ação efetiva na busca por justiça social.

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