O mercado de seguros apresentou novas propostas de cobertura para pronta resposta de sinistros diante dos eventos extremos de enchentes e secas agravados pelas mudanças climáticas durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados. O tema foi debatido na Comissão Especial sobre Prevenção a Desastres e Calamidades Naturais, com o objetivo de reduzir as lacunas de proteção aos segurados e seus bens.
Uma das propostas inovadoras discutidas foi o Seguro Social de Catástrofe, que prevê uma indenização emergencial de R$ 15 mil por moradia, a ser paga no dia seguinte ao desastre ou logo após a decretação do estado de emergência ou de calamidade. O presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, explicou que essa proposta seria subsidiada por uma cobrança de R$ 3 por mês na conta de energia elétrica, visando proporcionar celeridade e agilidade no processo de ressarcimento.
Além disso, em busca de solidez do mercado para responder aos efeitos das catástrofes climáticas no campo, também é previsto um Fundo de Seguro Rural (FSR), com participação da União e das seguradoras e resseguradoras que operam o Seguro Rural. A intenção é ampliar a cobertura do Programa de Seguro Rural, que atualmente abrange apenas 6% da produção agrícola nacional.
Representantes do mercado de seguros destacaram a importância de medidas preventivas e a necessidade de proteção em um cenário de eventos climáticos extremos. A lacuna de proteção chega a 70%, e o setor privado do Brasil acumula bilhões em prejuízos provocados por desastres naturais nos últimos anos.
Também foram apresentadas propostas de seguros para proteção de florestas, infraestruturas urbanas e contra o rompimento de barragens. O deputado Evair Vieira de Melo ressaltou a importância da participação do mercado de seguros para garantir respostas mais imediatas diante das mudanças climáticas e calamidades naturais.
No geral, a audiência foi considerada enriquecedora, e as propostas discutidas poderão ser incluídas em projetos de lei em análise na Câmara dos Deputados. O presidente da comissão especial, deputado Leo Prates, sugeriu a incorporação das ideias das seguradoras em projetos de lei que tratam de seguro obrigatório de danos causados por desastres naturais. A busca por soluções eficazes e sustentáveis para lidar com os desafios climáticos continua sendo uma prioridade para o setor de seguros no Brasil.
Com informações da Camara dos Deputados