- Representantes de diversos setores debatem soluções para desafios do país.
- Mudanças climáticas, desigualdades regionais e transição demográfica são temas abordados no evento.
No dia 17, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sediou o evento “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050”, com o objetivo de discutir ideias para o desenvolvimento do país nos próximos 25 anos.
No painel de abertura, os participantes ressaltaram a importância do enfrentamento das mudanças climáticas para melhorar a qualidade de vida e promover a justiça social. A diretora de Pessoas, TI e Operações do BNDES, Helena Tenorio, destacou que o banco é o maior financiador de energias renováveis do mundo, com créditos que somam cerca de US$ 36,4 bilhões entre 2004 e 2023.
A diretora também abordou outras transições importantes em curso no país: a demográfica, em decorrência do envelhecimento populacional, e a tecnológica, influenciada pelo avanço da inteligência artificial. Ela enfatizou a necessidade de planejamento eficaz por parte de instituições públicas para induzir transformações a longo prazo.
A secretária de Planejamento do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), Virgínia de Ângelis, destacou que a Estratégia Brasil 2050 visa criar uma agenda com a participação de diferentes segmentos da sociedade, almejando dobrar o PIB per capita, reduzir a desigualdade, erradicar a pobreza, igualar a renda entre gêneros no mercado formal e tornar o país neutro em emissões de carbono.
Além disso, Virgínia mencionou a necessidade de abordar as desigualdades regionais, enfatizando que, apesar do Brasil ocupar uma posição de destaque global, ainda enfrenta sérios problemas sociais. A secretária defendeu também a previsibilidade e segurança jurídica para atrair investimentos e a sincronização da estratégia com outros planejamentos de longo prazo.
O secretário-chefe da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, enfatizou a importância de enfrentar as diferenças regionais, investir em novas fontes de energia renovável e manter a estabilidade fiscal.
A diretora executiva de Assuntos Corporativos de uma empresa estatal do setor de energia enfatizou a importância de investir em novas fronteiras exploratórias de petróleo para evitar a dependência de importações de combustível na próxima década, ressaltando a relevância de uma transição energética equilibrada que não comprometa o desenvolvimento econômico.
Em um painel sobre desafios e oportunidades, foi abordada a importância do planejamento a longo prazo para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade de vida. A reforma administrativa foi apontada como essencial para expandir os negócios e incluir a população fora do mercado consumidor.
A presidente da União Brasileira de Mulheres destacou cinco diretrizes para a construção do Brasil de 2050: fortalecer a democracia participativa, combater desigualdades estruturais, investir em inovação com justiça social, educar com qualidade e promover responsabilidade ambiental.
A Estratégia Brasil 2050, coordenada pela Secretaria Nacional de Planejamento, tem como meta orientar o desenvolvimento do país, promovendo um desenvolvimento social justo, uma economia forte e sustentável, e instituições que garantam a democracia e soberania.
Com informações e fotos do BNDES