- Estudo de valorização imobiliária será conduzido pelo Banco a pedido da Secretaria do Patrimônio da União e do Município do Rio de Janeiro.
- A expectativa é de que haja uso comercial, institucional, educacional e residencial da área de cerca de 90 mil m2.
- Contrato foi assinado na sede do Banco, no Rio de Janeiro.
Créditos: Prefeitura do Rio de Janeiro
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi contratado para estruturar o projeto de revitalização do terreno da antiga Estação Leopoldina, localizada no centro do Rio de Janeiro. A modelagem será realizada a pedido da Secretaria do Patrimônio da União e da Prefeitura do Rio. O contrato foi assinado na sede do Banco.
Dos 124 mil m² totais do antigo terminal ferroviário, 34 mil m² foram cedidos pela União à Prefeitura para uso, guarda e restauro do edifício da Estação, parte do programa Imóvel da Gente, que visa democratizar imóveis da União. A restauração começou em julho do ano passado, com previsão de entrega para o segundo semestre de 2026. A modelagem conduzida pelo Banco será feita nos 90 mil m² restantes, sob guarda provisória da Prefeitura.
O BNDES será responsável por coordenar e integrar os trabalhos com consultores contratados através de processo seletivo e fará a avaliação técnica de todos os documentos e informações produzidas pelos técnicos.
Os impactos esperados com a estruturação do projeto incluem o aproveitamento de área subutilizada em um local com infraestrutura urbana disponível, aumento da oferta de habitação social, desenvolvimento de equipamentos urbanos de interesse público e melhor uso de um edifício histórico que é tombado.
A revitalização da Estação Leopoldina é considerada um passo importante para a recuperação urbana do centro do Rio e para a valorização de um patrimônio histórico significativo. O BNDES contribuirá com estudos técnicos para viabilizar soluções de habitação social, uso público qualificado e desenvolvimento sustentável na área.
Créditos: André Telles
Masterplan Rio – A Estação Leopoldina é um dos 46 imóveis públicos categorizados para intervenções a partir de um estudo financiado com R$ 2 milhões do Fundo de Estruturação de Projetos do Banco (BNDES FEP). O “Masterplan Rio”, disponibilizado em dezembro de 2023, tem como foco principal a revitalização de ativos imobiliários públicos subutilizados e seus entornos, visando catalisar o desenvolvimento da região central da cidade.
O plano de urbanização busca reverter a tendência de esvaziamento populacional e degradação do Centro, agravada pela pandemia de COVID-19. Os parceiros estratégicos são a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).
Imóvel da Gente – Essa é uma iniciativa que busca transformar imóveis ociosos ou subutilizados da União em espaços para uso coletivo, voltados ao atendimento de demandas sociais como educação, saúde, cultura e assistência social. Essa destinação contribui para a valorização do patrimônio público e a promoção de políticas educacionais inclusivas.
Patrimônio histórico – A Estação Barão de Mauá (Leopoldina) foi criada em novembro de 1926 e projetada para unir o Centro do Rio a Petrópolis e a estados como São Paulo e Minas Gerais. Era o maior terminal ferroviário da cidade até a inauguração da Central do Brasil em 1943 e foi desativada nos anos 2000. O edifício é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2008.
Com informações e fotos do BNDES