A legislação em Alagoas permite a criação legalizada de animais silvestres através de criadouros autorizados, como forma de combater o tráfico de animais e proteger a biodiversidade local. O tráfico de animais continua sendo um grave problema no estado, com filhotes sendo retirados da natureza antes mesmo de estarem prontos para se alimentar, resultando em altas taxas de mortalidade durante o transporte e debilidade nos sobreviventes.
Dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres indicam que, em média, nove em cada dez animais retirados da natureza acabam morrendo. Alagoas se destaca no país por possuir legislação própria para empreendimentos que utilizam a fauna silvestre. Essa conquista é resultado do trabalho do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), que promove a criação legalizada com o objetivo principal de reduzir o tráfico de animais.
O Instituto tem participado ativamente de discussões e contribuído para a construção da legislação vigente desde 2015, fortalecendo o combate ao tráfico e incentivando a criação legalizada. Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA/AL, enfatiza o compromisso do órgão com a preservação da fauna, destacando a importância de normas ambientais e fiscalização para garantir o cumprimento da legislação.
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Alagoas, administrado pelo IMA/AL em parceria com o Ibama, é o local onde animais resgatados recebem atendimento veterinário, alimentação adequada e, quando possível, são devolvidos à natureza. Além da reabilitação da fauna, o Cetas também é um espaço para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas, contribuindo para o conhecimento e conservação das espécies.
A criação legalizada de animais silvestres em Alagoas, através de criadouros autorizados, é essencial para evitar o impacto ambiental e garantir o bem-estar dos animais. Criadouros legalizados trabalham com animais que não podem mais retornar à natureza e seguem normativas para garantir uma criação ética e segura. A identificação dos animais também é fundamental, com anilhas ou microchips registrando suas informações no Sistema Nacional de Gestão de Fauna Silvestre.
O IMA/AL destaca que a preservação da fauna é responsabilidade de todos e incentiva a população a denunciar o tráfico ilegal de animais e a realizar a entrega voluntária de animais criados irregularmente. A criação legalizada é a única forma de proteger os animais sem comprometer o equilíbrio da natureza.
Com informações e fotos da Semarh/AL