Nesta terça-feira, a diretora de Infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, participou da cerimônia de recebimento da nova tuneladora e da conclusão do trecho norte da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo. A obra, com investimento total estimado em R$ 17 bilhões, conta com financiamento do BNDES no valor de R$ 12,3 bilhões.

Do montante financiado, R$ 6,9 bilhões foram contratados com a Concessionária Linha Universidade (CLU) e R$ 5,4 bilhões com o Governo do Estado de São Paulo. A tuneladora, conhecida como tatuzão, pesa 2 mil toneladas, tem mais de 100 metros de extensão e um diâmetro de escavação de 10 metros. O equipamento realizou a perfuração entre as estações Freguesia do Ó e Brasilândia.

A Linha 6 terá 15,3 km de via permanente, conectando a região de Brasilândia ao centro de São Paulo, com integrações com as linhas 1 e 4 do Metrô e linhas 7 e 8 da CPTM. A infraestrutura incluirá 15 estações e 22 trens (132 vagões), com a operação parcial prevista para 2026 e conclusão total em 2027. A previsão é de que o metrô transporte 600 mil passageiros por dia útil.

O projeto tem como objetivo reduzir o tempo de deslocamento, que atualmente dura cerca de uma hora e meia, para menos de trinta minutos. Além disso, a iniciativa está voltada para a melhoria da qualidade de vida dos usuários e o acesso de populações de áreas carentes aos centros de trabalho e lazer.

O BNDES destaca que o projeto contribuirá para a redução das emissões de gases de efeito estufa e material particulado, com uma expectativa de diminuição de mais de 200 mil toneladas de CO₂ por ano. Para compensar essa quantidade de emissões, seria necessária uma área florestal equivalente a 33 Maracanãs. O projeto também prevê investimentos sociais em comunidades próximas às estações, com iniciativas de capacitação e inclusão, especialmente para aumentar a participação feminina na construção e operação.

Desde 2000, o BNDES aprovou R$ 37,7 bilhões em financiamentos para o sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo, beneficiando 3,6 milhões de pessoas por dia com a conclusão das obras. O Banco já financiou R$ 65 bilhões em projetos de mobilidade urbana em todo o Brasil desde 2000, apoiando tanto a modernização quanto a expansão de várias linhas de metrô e trens urbanos em diversas cidades.

Com informações e fotos do BNDES