A iniciativa Floresta Viva é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com Energisa, Norte Energia e Fundo Vale.
Quatro projetos receberão um total de R$ 20,3 milhões para a recuperação de 700 hectares de áreas degradadas nas regiões do Baixo, Médio e Alto Xingu. A seleção dos projetos, que abrange a bacia hidrográfica do Xingu, nos estados do Pará e Mato Grosso, destina recursos não reembolsáveis para a restauração de áreas degradadas e o fortalecimento de cadeias produtivas relacionadas à restauração.
Os projetos selecionados incluem:
– “Na trilha da Floresta Viva: restauração ecológica socioprodutiva na Bacia do Xingu”, da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX);
– “Xingu Sustentável: o cacau orgânico gerando renda e promovendo a restauração ecológica do Médio Xingu”, da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX);
– “Sempre Vivas, Sempre Verdes: restauração ecológica e inclusão socioprodutiva na Resex Verde para Sempre”, coordenado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB);
– “Resset Assurini”, sob a gestão da Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá.
As atividades visam restaurar 700 hectares e realizar a mobilização e fortalecimento de grupos coletores de sementes, estruturação de viveiros, criação de uma agroindústria para beneficiamento de cacau, além de fomento à pesquisa científica.
A gestão do acompanhamento da execução dos projetos está a cargo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que coordenou a seleção dos projetos através de um edital lançado em setembro de 2023.
A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e inclui 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio atravessa áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, formando um corredor de sociobiodiversidade, mas enfrenta desafios devido ao desmatamento, que resultou na perda de 730 mil hectares entre 2019 e 2022.
A iniciativa Floresta Viva está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Com um investimento previsto de R$ 693 milhões ao longo de sete anos, a iniciativa conta com 50% de recursos do Fundo Socioambiental do BNDES e 50% de instituições apoiadoras. A meta é restaurar entre 25.000 e 35.000 hectares e retirar de 8 a 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera.
Com informações e fotos do BNDES