Uma falha cibernética global ocorreu na sexta-feira (19), afetando empresas em diversos países, incluindo o Brasil. Até o momento, o impacto no país foi mais moderado, afetando sistemas de alguns bancos, uma companhia aérea e um hospital. Em contrapartida, em outros países, como nos Estados Unidos, o impacto foi mais severo, levando ao cancelamento de centenas de voos e deixando emissoras de TV fora do ar.

A falha foi desencadeada por uma atualização na ferramenta de cibersegurança Falcon, da empresa Crowdstrike, direcionada para o sistema Windows. Essa ferramenta atua como um antivírus para empresas. A Crowdstrike é uma empresa americana de cibersegurança, fundada em 2011, que desenvolve tecnologias em nuvem para proteger empresas contra ataques virtuais.

No Brasil, a menor base de clientes da Crowdstrike em comparação com os EUA e a liberação da atualização durante a madrugada contribuíram para minimizar o impacto. A falha não afetou computadores pessoais, pois a versão afetada da CrowdStrike é vendida apenas para empresas.

Empresas que usam o sistema Windows, são clientes da Crowdstrike e permitiram a atualização da ferramenta foram as afetadas. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com a CrowdStrike e com todo o setor para fornecer aos clientes orientação técnica e suporte para colocar seus sistemas online novamente com segurança”, disse o presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella.

Especialistas apontam que a recuperação dos sistemas afetados é um processo manual e lento. A falha não teve relação com a Microsoft, e a Crowdstrike assegurou que seus clientes permanecem protegidos. Medidas estão sendo tomadas para garantir que os sistemas voltem a funcionar normalmente.