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EUA Revelam Queda de 20% nas Remessas de Chips da China para a Rússia

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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos revelou uma queda significativa de 20% no envio de processadores de alto desempenho e outros produtos restritos da China e Hong Kong para a Rússia este ano. Apesar dessa diminuição, Hong Kong mantém-se como um ponto central na facilitação do fluxo de componentes críticos para o território russo, consequentemente promovendo a evasão de sanções internacionais.

De janeiro a maio deste ano, os envios de componentes cruciais, conhecidos como Common High Priority Items (CHPL), através de Hong Kong registraram uma queda de 28%. Enquanto isso, os envios da China continental, excluindo Hong Kong, diminuíram 19%. Essas estatísticas, sendo divulgadas pela primeira vez por um oficial do Departamento de Comércio dos EUA, sublinham os esforços constantes para limitar o acesso da Rússia a tecnologias de nível militar em meio ao conflito com a Ucrânia.

A redução nas remessas ilícitas é atribuída ao rigor na aplicação das leis pelos EUA e à colaboração proativa com empresas cujos produtos estavam sendo desviados para a Rússia. O governo dos Estados Unidos acusou a China de apoiar indiretamente os esforços militares russos ao fornecer peças vitais. Como resultado, várias rodadas de sanções foram direcionadas a empresas globais com relações comerciais com a indústria de defesa russa, incluindo empresas de fachada situadas em Hong Kong.

Entre agosto e dezembro de 2023, quase 2 bilhões de dólares em mercadorias foram enviadas de Hong Kong para compradores russos, com 750 milhões de dólares sendo itens de alta prioridade, como microeletrônica avançada. A informação é da C4ADS, uma organização sediada em Washington dedicada à segurança sem fins lucrativos.

Empresas como Texas Instruments e Intel reiteraram seu compromisso em aderir às regulamentações e sanções de exportação dos EUA. A Nvidia, por sua vez, interrompeu as vendas para a Rússia em março de 2022 e exigiu que seus clientes cumprissem todas as leis aplicáveis dos EUA. No entanto, produtos dessas empresas, como o processador Core i9 14900K e a placa gráfica GeForce RTX 4090, continuam disponíveis no mercado russo.

Além disso, algumas remessas de hardware especializado têm conseguido chegar à Rússia. Empresas estabelecidas em Hong Kong têm enviado sistemas Jetson TX2 da Nvidia, utilizados em drones encontrados em campos de batalha ucranianos. Especificamente, a Malachor Electronics, com sede em Hong Kong, enviou 2,79 milhões de dólares em produtos da Nvidia para a Lotos, uma empresa localizada em Moscou.

Adicionalmente, duas remessas de chips Vectrawave, cada uma avaliada em 1 milhão de dólares, também foram enviadas para a Rússia. A Vectrawave fabrica processadores especializados para sistemas de comunicação e defesa, incluindo radares. A Align Trading, a consignatária dos chips, operava em um prédio industrial próximo ao porto de contêineres Kwai Chung, em Hong Kong, permitindo a entrega desses componentes à Rússia.

Hong Kong se tornou um terreno fértil para empresas que facilitam os fluxos comerciais e monetários restritos com países sob sanções, como Irã, Coreia do Norte e Rússia. O governo de Hong Kong afirma aplicar apenas sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, desconsiderando sanções unilaterais de outras nações, tornando complexa a aplicação de restrições dos EUA e da UE.

O comércio contínuo de bens restritos através de Hong Kong representa um desafio substancial à segurança e estabilidade internacionais. Apesar da redução nos transbordos, a região continua desempenhando um papel vital no abastecimento de materiais militares para a Rússia. Esforços do Departamento de Comércio dos EUA envolvem monitorar o uso de mercadorias no campo de batalha e colaborar diretamente com fabricantes para interromper o fluxo de produtos para a Rússia, enfrentando, entretanto, as táticas sofisticadas de evasão empregadas por intermediários.

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