No dia 28 de maio de 2025, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou uma importante discussão sobre um Estudo de Caso Clínico, que reuniu socorristas das motolâncias e das Unidades de Suporte Avançado (USA), conhecidas popularmente como UTIs Móveis. O evento, realizado no auditório do Núcleo de Educação Permanente (Nep) do Samu em Maceió, teve como fundamento a análise de um atendimento real em uma situação de Parada Cardiorrespiratória (PCR).
Durante a sessão, os profissionais revisaram o caso de um paciente de 56 anos, que foi atendido em 12 de março de 2024. A equipe, composta por quatro profissionais da USA e dois da motolância, atuou rapidamente, realizando manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP). Infelizmente, apesar do esforço, o paciente não sobreviveu. Essa situação levou a uma discussão rica em insights sobre diversos fatores críticos que podem impactar os desfechos em emergências médicas, como o tempo de resposta e o papel fundamental que a equipe da motolância desempenha no contato inicial com o paciente.
A enfermeira Beatriz Santana, coordenadora do Samu Maceió, destacou a importância desses estudos para o aprimoramento contínuo dos atendimentos. Segundo ela, ao revisar as etapas de cada atendimento, torna-se possível identificar áreas que necessitam de melhorias, além de proporcionar uma capacitação mais eficaz para os profissionais envolvidos, com o objetivo final de salvar mais vidas.
Luiz Antonio Mansur Branco, médico e coordenador do Nep, também enfatizou como esses estudos são cruciais para a qualificação do serviço prestado pelo Samu. Eles não só permitem uma compreensão mais profunda das complicações encontradas durante as intervenções, mas também possibilitam a revisão de protocolos e a avaliação da eficácia das técnicas utilizadas nas reanimações. Esse tipo de análise, segundo ele, fortalece a capacidade de resposta das equipes, aumentando, assim, as chances de sobrevivência dos pacientes.
O médico socorrista Ewerton Soares, responsável pela apresentação do caso, ressaltou a necessidade de unir teoria e prática, um aspecto essencial para a formação dos profissionais. Ele observou que a integração desses dois elementos é crucial para que os socorristas estejam melhor preparados para oferecer um atendimento de qualidade.
Breitner Lima, enfermeiro atuante na motolância, participou ativamente da discussão e, embora o desfecho do caso não tenha sido positivo, ressaltou que a análise trouxe aprendizados valiosos. Ele mencionou a relevância das orientações prestadas pelo Samu via telefone, destacando que a participação imediata de um leigo, iniciando as compressões torácicas sob orientação, pode aumentar significativamente as chances de reversão de uma PCR. Essa intervenção precoce pode fazer toda a diferença em momentos críticos.
Com informações e fotos da Sesau/AL