No dia 28 de abril de 2025, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério da Saúde, lançou o projeto intitulado “Primeiros Passos: Ação Zika nos Territórios”. O evento ocorreu nas dependências do Campus IV do Centro Universitário Cesmac, localizado no bairro Farol, em Maceió. Reuniu profissionais da saúde e gestores atuantes na Atenção Básica, além de especialistas que trabalham com a assistência a pessoas com deficiência em todo o estado de Alagoas.
Esta iniciativa visa realizar um levantamento abrangente dos serviços disponíveis dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), voltados para a assistência a indivíduos afetados pela Síndrome Congênita do Zika. Essa condição resulta em uma combinação de anomalias congênitas, que podem afetar a visão, audição e o desenvolvimento neuropsicomotor de embriões ou fetos que foram expostos ao vírus Zika durante a gestação.
A principal forma de transmissão do vírus Zika em gestantes é através da picada do mosquito Aedes aegypti, sendo que a infecção também pode ocorrer por meio de relações sexuais com indivíduos contaminados ou transfusões de sangue, embora esta última possibilidade tenha uma baixa probabilidade de ocorrência devido à triagem rigorosa de doadores e testes disponíveis.
Durante o evento, Karine Omena, superintendente de Atenção Primária e Ações Estratégicas da Sesau, enfatizou a seriedade dos impactos da Síndrome Congênita do Zika, mencionando problemas como microcefalia e dificuldades de desenvolvimento neuropsicomotor. Ela destacou a importância de uma rede de apoio robusta, que assegure um atendimento multidisciplinar adequado às crianças e suas famílias, que enfrentam desafios complexos.
Ivan Carvalho, assessor técnico do Ministério da Saúde, ressaltou a importância do projeto ao proporcionar uma avaliação aprofundada da assistência em saúde às crianças afetadas pela síndrome. Carvalho mencionou que o levantamento não apenas documentará a realidade atual da assistência em Alagoas, mas também permitirá a troca de experiências entre gestores e profissionais. Essas informações servirão para fortalecer a rede de assistência e, se necessário, para o desenvolvimento de novos serviços.
Adriely Raimundo, assessora técnica da Supervisão de Cuidados da Mulher, Criança e Adolescente (Sumca) da Sesau, acrescentou que o projeto representa uma chance de expor tanto os desafios quanto os avanços na assistência às famílias que vivem com a Síndrome Congênita do Zika. Ela enfatizou que o entendimento completo da realidade dessas famílias é crucial para a formulação de políticas públicas que possam apoiar efetivamente essas crianças e seus entes queridos.
Com informações e fotos da Sesau/AL