No último dia 17 de junho de 2025, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) realizou um importante seminário sobre a Doença Falciforme, um evento que reuniu pacientes, familiares e profissionais de saúde na sede da instituição, localizada no bairro Cidade Universitária, em Maceió. A iniciativa visou promover conscientização e melhorar o entendimento sobre essa condição hematológica, que afeta significantemente a qualidade de vida de muitos alagoanos.
A programação contou com uma palestra do neurologista Camilo Vieira, um especialista renomado que foi trazido da Bahia especificamente para o evento. Com uma sólida formação acadêmica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde se especializou em Pediatria e Neuropediatria, Vieira tem se destacado no cuidado de pacientes com condições neurológicas, especialmente aqueles que sofrem de Acidente Vascular Encefálico. Durante sua apresentação, ele exaltou os esforços do Hemoal na assistência a pacientes com Doença Falciforme, ressaltando que o hemocentro é uma referência no estado em termos de tratamento e cuidado.
Além das abordagens médicas, o seminário proporcionou atividades lúdicas, promovendo um ambiente de acolhimento e integração. Sabe-se que o conforto emocional e social é crucial para o bem-estar dos pacientes. A hematologista Alexandra Ludugero, uma das organizadoras do evento, enfatizou a importância de unir conhecimento e entretenimento, ressaltando que este seminário veio em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho.
Valeska Santos, uma jovem de 23 anos que recebe tratamento no Hemoal desde o nascimento, destacou a relevância do seminário em sua vida. Ela expressou gratidão pela abordagem familiar oferecida pela equipe do hemocentro, enfatizando que eventos como esses são fundamentais para que pacientes e seus familiares compreendam melhor a condição com a qual convivem.
A Doença Falciforme é uma condição hereditária que resulta de uma mutação genética nas hemácias, fazendo com que elas assumam um formato anômalo, semelhante a uma foice. Essa alteração leva a diversas complicações, como crises álgicas, sequestro esplênico, anemia, icterícia e, não raro, a sérias infecções. A incidência é especialmente alta entre pessoas de ascendência africana, afetando mais de 700 indivíduos em Alagoas. O seminário, portanto, não apenas ofereceu informações, mas também propôs um espaço de empoderamento e fortalecimento da comunidade envolvida, promovendo a troca de experiências e o suporte mútuo entre todos os participantes.
Com informações e fotos da Sesau/AL