Na tarde desta terça-feira (14), a Câmara dos Deputados foi palco de um importante debate sobre a alimentação saudável e a prevenção de doenças crônicas. O evento contou com a presença de debatedores que defenderam o uso do “Guia Alimentar para a População Brasileira”, elaborado pelo Ministério da Saúde, como uma ferramenta essencial nesse contexto.
Segundo os participantes, o governo tem utilizado as diretrizes desse guia para definir questões importantes, como a composição da cesta básica, a alimentação escolar, projetos de hortas urbanas e cozinhas solidárias. A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves, ressaltou a importância de seguir as evidências científicas para promover a segurança alimentar e nutricional.
O debate foi proposto pelo deputado Padre João (PT-MG) para marcar os dez anos da segunda edição do guia, lançada em 2014. Durante o evento, foram discutidos os “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”, sintetizados no livro.
Um dos pontos destacados no debate foi a classificação dos alimentos proposta pela publicação, que divide os alimentos em quatro grandes grupos: in natura ou minimamente processados, itens para cozinhar e temperar, alimentos processados e ultraprocessados. A professora da USP Ana Paula Bortoletto enfatizou a importância de priorizar alimentos in natura ou minimamente processados em detrimento dos ultraprocessados.
Outro tema abordado foi a tributação dos alimentos, com a sugestão de desonerar os alimentos saudáveis e taxar os ultraprocessados. A assessora da organização não governamental ACT Promoção da Saúde, Priscila Diniz, destacou a importância da reforma tributária nesse contexto.
Representantes de diversos órgãos e conselhos também estiveram presentes no debate, reforçando a importância do tema para a saúde pública. O evento encerrou com a orientação aos interessados de acessar o “Guia Alimentar para a População Brasileira” e outras publicações relacionadas à alimentação saudável.
Com informações da Camara dos Deputados