O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, aos 69 anos, surpreendeu o mundo ao ser eleito como o papa Leão XIV, tornando-se assim o primeiro papa norte-americano na história da Igreja Católica. Nascido em Chicago, Prevost é reconhecido como um reformista e é visto como alinhado à abordagem mais progressista introduzida pelo papa Francisco.
Sua trajetória religiosa é marcada por uma atuação significativa na América Latina, notadamente no Peru, onde iniciou sua missão como padre em 1982. Com formação em teologia e direito canônico, Prevost ascendeu na hierarquia da Igreja, ocupando posições de destaque no Vaticano, como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
Apesar de sua origem nos Estados Unidos, Prevost construiu grande parte de sua carreira eclesiástica na América Latina, onde enfrentou desafios e crises, incluindo acusações de acobertamento de casos de abuso sexual por parte de clérigos. O novo papa é descrito como discreto, com uma voz tranquila, evitando os holofotes e entrevistas, mas sendo reconhecido como um profundo conhecedor da lei canônica.
Durante o conclave que culminou em sua eleição, Prevost recebeu o apoio de pelo menos 89 dos 133 cardeais eleitores, sendo agora o sucessor de Francisco na Cátedra de São Pedro. Sua eleição foi anunciada com a tão esperada fumaça branca saindo da chaminé da capela Sistina, em um processo que envolveu várias rodadas de votações.
O novo papa Leão XIV traz consigo uma mistura de experiência e desafios, representando uma nova era para a Igreja Católica. Sua eleição histórica e sua trajetória marcada por momentos de superação e controvérsias o colocam sob os holofotes da liderança religiosa mundial, enquanto busca guiar a Igreja em tempos de mudanças e desafios significativos.