Em uma clara tentativa de fortalecer a prevenção e o tratamento do câncer infantojuvenil, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1986/24, que visa reformar a atual Política Nacional de Atenção à Oncologia Pediátrica. De autoria do deputado Jefferson Campos (PL-SP), a proposta foca na inclusão de informações detalhadas sobre os sintomas dos principais tipos de câncer que afetam crianças e adolescentes nas campanhas de conscientização, tanto em nível nacional quanto regional.
Atualmente, a política existente contempla a realização de campanhas de conscientização sobre o câncer infantojuvenil, mas peca ao não especificar os tópicos a serem abordados, nem inclui a educação contínua dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento dessas crianças. O novo projeto de lei pretende suprir essas lacunas, estabelecendo que o ponto central das campanhas sejam as informações relacionadas aos sinais e sintomas dos cânceres mais comuns entre o público infantil. Além disso, enfatiza a necessidade de programas de educação continuada, especialmente voltados para profissionais da atenção primária.
“Um fator determinante na luta contra o câncer infantil é a rapidez com que o diagnóstico é feito e o tratamento é iniciado”, salienta o deputado Jefferson Campos. Ele argumenta que o atraso na identificação dos sintomas, bem como nos cuidados médicos subsequentes, pode resultar em consequências catastróficas, diminuindo drasticamente as chances de recuperação das crianças afetadas pela doença.
A proposta ganhou respaldo por oferecer uma abordagem mais detalhada e educativa. Segundo o texto, o objetivo é não apenas educar a população geral sobre os sintomas do câncer infantil, mas também garantir que os profissionais de saúde estejam equipados com o conhecimento necessário para identificar e tratar a doença de maneira mais eficiente e eficaz.
O Projeto de Lei 1986/24 será examinado conclusivamente pelas comissões de Saúde, Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado nessas instâncias, poderá seguir diretamente para a sanção presidencial, sem necessidade de passar por votação no plenário, salvo se houver recurso. Esta medida destaca-se como um passo promissor na assistência oncológica pediátrica, oferecendo uma nova esperança para milhares de famílias que enfrentam a difícil batalha contra o câncer infantil.
A reportagem é de Murilo Souza, com edição de Ana Chalub, destacando a relevância e urgência do aprimoramento na política de conscientização e tratamento do câncer infantil no Brasil.
Com informações e fotos da Câmara dos Deputados