logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Avanços e Preocupações: Reunião na Câmara Discute Futuro das Agências da Caixa Econômica Federal

COMPARTILHE

Na última quinta-feira, a Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados sediou uma audiência onde a Caixa Econômica Federal (CEF) expôs inovações no atendimento digital aos seus clientes, ao mesmo tempo em que planeja expandir postos para transações presenciais. Contudo, a reunião também foi palco de insatisfações. Entidades representativas de servidores e terceirizados manifestaram suas preocupações sobre o fechamento de cerca de 120 agências, complementando com relatos de precarização no ambiente de trabalho e alegações de demissões injustificadas.

A proposta dos parlamentares foi a realização de novas reuniões, com o intuito de amenizar os impactos do reposicionamento das unidades da Caixa, uma instituição que atende atualmente mais de 150 milhões de clientes. A estrutura do banco inclui 25.771 pontos físicos de atendimento, dos quais 4.170 são agências, além de uma vasta rede de mais de 24 mil caixas eletrônicos.

Fernanda de Castro, superintendente nacional de estratégia de clientes, canais e inovação, destacou o comprometimento da atual administração em preservar a presença física da Caixa em todo o território. Ela enfatizou a importância das agências físicas como parte da estratégia da Caixa, apesar do notável aumento de 231% no uso de celulares para transações bancárias nos últimos anos. Ao contrário da tendência de redução de agências que muitos bancos seguiram, a Caixa ampliou sua rede com 70 novas unidades, principalmente nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste. Além disso, parcerias com lotéricas e correspondentes, além de utilização de embarcações e caminhões, garantem o alcance a áreas mais remotas.

Contudo, Sérgio Takemoto, presidente da Fenae, criticou o fechamento de agências, majoritariamente em São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraná, locais de alto interesse para o setor privado. Ele ressaltou a necessidade de manter uma Caixa Social rentável para continuar investindo em projetos governamentais.

Antônio Abdan, do Sindicato dos Bancários de Brasília, expressou descontentamento quanto ao foco no atendimento via lotéricas, questionando a situação trabalhista dos empregados e as condições de segurança. Paralelamente, em São Paulo, uma ação popular revogou o fechamento da agência da Praça do Forró. Geralda de Sales, presidente do Sindicom-DF, questionou os critérios do banco, apontando o lucro líquido de R$ 12 bilhões no ano anterior como argumento contra o encerramento das agências.

Outras questões abordadas incluem alegações da CNVT sobre demissões no Distrito Federal. Fernanda Castro, no entanto, negou qualquer diretriz por parte da Caixa com relação à redução de postos de trabalho, afirmando que é necessário avaliar os fatos concretamente. A deputada Erika Kokay, idealizadora do encontro, sugeriu novas negociações entre a Caixa e as entidades representativas para tratar dos desafios mencionados. Ela também defendeu uma revisão no reposicionamento das agências, sublinhando o papel essencial da Caixa na implementação de políticas públicas, como Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família. Atualmente, a Caixa oferece um concurso para contratar cerca de 4 mil novos servidores.

Com informações e fotos da Câmara dos Deputados

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade