Na quarta-feira, 7 de novembro, durante a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), realizada em Brasília, o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas, Gino César, fez um apelo contundente pela institucionalização da Educação Ambiental como uma política pública essencial. O evento, que marca seu retorno após uma pausa de 11 anos, reúne cerca de três mil participantes, incluindo 1.500 delegados de todo o país, e prossegue até o dia 9 de novembro no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Sob o tema “Emergência Climática: o Desafio da Transformação Ecológica”, a conferência busca elaborar 100 propostas prioritárias que irão fundamentar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e a participação brasileira na COP30, programada para novembro em Belém, no Pará.
Gino César participou da mesa temática dedicada ao Eixo 5, que aborda “Governança e Educação Ambiental”, ao lado de outros especialistas renomados, como o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, e a presidenta do Centro de Educação Ambiental Gênesis, Lourdes Brazil. Durante sua apresentação, o secretário destacou a necessidade urgente de assegurar o financiamento público direto para as secretarias municipais de Educação e Meio Ambiente. Ele sugeriu que esses recursos sejam vinculados ao Orçamento Participativo Ambiental, afim de promover iniciativas locais como hortas escolares, trilhas ecológicas e núcleos de formação.
César também enfatizou a importância de fortalecer as organizações da sociedade civil, especialmente aquelas que envolvem catadores de materiais recicláveis e coletivos juvenis, através de editais e fundos ambientais. Uma de suas propostas inovadoras foi a criação de um Sistema Integrado de Coleta Seletiva, financiado por meio de créditos de carbono e fundos verdes.
Outro aspecto crucial abordado pelo secretário foi a necessidade de promover uma governança democrática e intersetorial, que integre áreas como saúde, cultura e assistência social. Ele ressaltou que a escuta ativa da sociedade civil deve ser facilitada através de conselhos e fóruns estruturados que recebem apoio técnico adequado. Gino também defendeu a inclusão da Educação Ambiental e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no currículo escolar desde a educação infantil, alinhando-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Em conclusão, Gino César afirmou que a emergência climática exige uma abordagem estratégica, contínua e articulada. Para ele, não é mais aceitável que as iniciativas sejam pontuais; a Educação Ambiental deve constituir a base das políticas públicas voltadas para a transição ecológica justa.
Com informações e fotos da Semarh/AL