logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Reações expõem repúdio a Trump e acerto em medidas de proteção ao país | José Osmando

COMPARTILHE

As medidas frequentes que o presidente norte-americano Donald Trump vem adotando contra outros países, sendo a mais notória a tributação  de 50% que anunciou contra o Brasil no último dia 9 de julho, têm alcançado uma cadeia de reações contrárias ao redor do mundo, e até mesmo dentro do território americano. Ninguém de bom senso concorda com as ameaças que ele dispara sobre nações de diferentes continentes, muitas delas historicamente amigas e parceiras dos EUA.

Ontem mesmo, empresários norte-americanos, vinculados a duas organizações importantes nas relações comerciais – a U.S. Chamber of Commerce e a Amcham Brasil -, divulgaram nota condenando a taxação aos brasileiros e apelando à Casa Branca e aos órgãos de relações exteriores para que “se engajem em negociações de alto nível a fim de evitar a implementação da tarifa de 50%”, face à constatação de que essa imposição afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e a vida dos consumidores norte-americanos, “elevando os custos das famílias e reduzindo competitividade de setores produtivos estratégicos para os Estados Unidos.”

Para medir o peso dessas reações, basta lembrar que a U.S.Chamber of Commerce é a maior organização empresarial do mundo, representando empresas de todos os portes e setores da economia, tornando, assim, o seu posicionamento, de um gigantesco significado na condenação aos atos de Trump.

Desde o anúncio feito pessoalmente por Trump numa carta deselegante, desprezível, postada em suas redes sociais, importantes meios de comunicação de todas as partes do mundo têm reagido às medidas do presidente americano como sendo “drásticas”, “exaltadas”, “de natureza pessoal”, “desprovidas de lógica”. 

Conforme o jornal The Washington Post, “a medida evidência como relações pessoais e alinhamentos políticos seguem pesando mais que fundamentos econômicos nas decisões de Trump”. E mostra que no caso do Brasil, a medida contrária qualquer lógica, pois os Estados Unidos são superavitários na sua balança comercial com os brasileiros.

Se as manifestações contrárias a Donald Trump mostram-se expressivas nos Estados Unidos e na mídia internacional, muito maior, certamente, é a reação dentro do Brasil.

Hoje mesmo, uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Quaest conclui que 72% de todas as pessoas entrevistadas acham que Trump está errado, e maior ainda é o número dos que dizem que o tal tarifaço vai prejudicar suas vidas. São 79% os que têm essa percepção de prejuízo pessoal.

Ante essa elevadíssima reprovação, superior a 70%, em que apenas 19% se arriscam a dizer que Trump está certo e outros 9% não têm nenhuma compreensão sobre esse fato, portanto dizem não saber, fica patente que Trump perde mais uma batalha. 

Quanto à questão que fundamentou a argumentação de Donald Trump para tomar a medida contra o Brasil _ o ataque ao STF, na defesa de Jair Messias Bolsonaro, que estaria sendo vítima de perseguição política, e por isso Trump quer sua anistia-, o presidente norte-americano também apanha. 

À pergunta: “Trump tem o direito de criticar processo em que Bolsonaro é réu?”, a resposta é contundente: 57% dizem que ele não tem esse direito, contra 36% que ainda avaliam que o presidente norte-americano tem o direito de meter o nariz em questão interna brasileira.

As reações mundo afora, juntando-se às manifestações expressas pelos brasileiros na pesquisa Quaest, servem para deixar muito claramente que o Brasil é um país independente, soberano, e que medidas como a recém-sancionada Lei da Reciprocidade, feita esta semana pelo Presidente Lula, são instrumentos necessários, essenciais, para a defesa nacional, contrapondo-se aos riscos sempre presentes de ver as nossas instituições democráticas abaladas pelo desvario de golpistas de plantão.

Por José Osmando

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade