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Exclusivo Tomar Gaza pode significar ressarcir os EUA dos US$ 308 bilhões que deram a Israel

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Quando o presidente Donald Trump anunciou, na semana passada, que os Estados Unidos tomariam a Faixa de Gaza, na Palestina, para seu controle e posse, houve uma imediata reação negativa na população norte-americana, até mesmo com ênfase entre seus apoiadores. 

Mesmo sob Trump, mas ainda detendo a capacidade de pensar, esses cidadãos americanos ficaram intrigados e queriam saber se a proposta de Trump de tomar Gaza implicaria em mais gastos governamentais, no uso  do dinheiro que eles imaginam ver melhor aplicado, e se isso também significaria o envio de tropas, submetendo, mais uma vez, soldados norte-americanos à morte. 

O governo correu para esclarecer, numa tentativa do republicano de acalmar os ânimos dos membros de sua base que começavam a questionar se a sua empreitada seria paga com o dinheiro e a vida dos próprios americanos.

É notório que eles conhecem bem essa história de envolvimento dos EUA em guerras, em outras terras- haja à vista o que aconteceu no Vietnã, onde os cofres americanos foram raspados em US$ 686 bilhões, mais de 58 mil soldados americanos foram mortos ou desapareceram e o poderoso império foi derrotado após cinco anos de luta insana marcada por uma estúpida série de erros.

Os amercianos têm, ainda hoje, bem nítida essa imagem trágica protagonizada pelo governo e não desejam ver isso repetido. Daí, o governo Trump, ante as reações negativas, correu logo para esclarecer que os EUA não mandariam tropas para tomar a Faixa de Gaza e nem colocariam dinheiro para cumprir essa missão. E logo em seguida o premier israelense Benjamin Netanyahu, apareceu formalmente na mídia para anunciar um plano de “saída voluntária” da população de Gaza, a ser enviada para outros países do Oriente.

Assim como os Arquivos Nacionais dos EUA reveleriam anos depois o tamanho das desgraças e dos rombos financeiros praticados pelo governo norte-americano na fatídica guerra do Vietnã, um relatório produzido pelo Council on Foreingn Relations(Conselho de Relações Exteriores), ontem divulgado, mostra que Israel foi o país no mundo que mais recebeu assistência externa americana do pós-guerra (1945) até os dias de hoje, tendo recebido US$ 308 bilhões dos  norte-americanos, e três quartos desse imenso valor, US$ 228 bilhões, foram destinados exclusivamente a ajuda militar.

Essa aliança inabalável dos EUA com Israel, que implica na frequente doação de bilhões de dólares aos israelenses, tem garantido uma presença arrogante, supremacista e beligerante de Israel no Oriente Médio, e tem sido a mola propulsora dos ataques aos palestinos e da morte de mais de 43 mil moradores da Faixa de Gaza nesses 16 meses de conflito.

Além de toda essa dinheirama norte-americana mandada a Israel, a aliança com os Estados Unidos permite  um tratamento diferenciado, num privilégio  aos israelenses na compra de produtos militares recém-lançados, que têm a primazia de adquirir à frente de qualquer outro país da região. Foi assim, por exemplo, que Israel comprou caças F-15 6 anos antes de que a Arábia Saudita pudesse adquerí-los e, e teve acesso a caças F-16 três anos antes de que o Egito pudesse fazer.

Como Donald Trump, após o alvoroço interno  gerado com seu anúncio de tomar o território de Gaza, teria arrefecido no seu intuito, com explicações dadas por ele próprio e por sua porta-voz, de que não mandaria tropas nem dinheiro, muita gente pensou que a ideia não seria posta em prática. Ledo engano. Trump voltou a proclamar seu objetivo de tomar Gaza e agora parece querer convencer a população americana de que, tomando Gaza,  quer, de fato, resssarcir os Estados Unidos dos imensos gastos e  desgastes feitos com sua presença junto a Israel.

Tudo para demonstrar que o que move a cabeça e o coração do presidente norte-americano é exclusivamente econômico, o dinheiro em primeiro e último lugar, como justificativa do seu afã expansionista. Se o mundo não reagir à altura, Trump vai por as garras onde bem pretender.

Por José Osmando

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