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Estilo Trump é punido com rejeição histórica e afasta os investidores | José Osmando

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Duas notícias vindas dos Estados Unidos nesses últimos dias chamam bastante a atenção. A primeira, resulta de pesquisas de opinião pública, e diz que Donald Trump é o presidente norte-americano com pior avaliação nos primeiros 100 dias desde a posse,  no decorrer de 80 anos. Ninguém até hoje conseguira a trágica façanha de ser reprovado por 55% dos entrevistados, numa clara indicação de que os seus rompantes, despautério e arrogância não estão dando certo.

A segunda espantosa notícia, também chegada dos EUA e igualmente relacionada a Donald Trump, dá conta de que os investidores estrangeiros estão fugindo em levas dos negócios em território norte-americano, colocando a ex-grande potência mundial – que se ufana de ser a maior economia e a maior democracia do planeta- no último lugar no ranking de crédito.

Essa constatação que chega ao se celebrar os 100 dias da posse de Trump, indica que os investidores estrangeiros, normalmente encantados com os EUA, perderam muito rapidamente a confiança no velho e poderoso parceiro, abalados com as investidas descabidas do presidente americano, que assombra o mundo com sua estupidez e contraria tradicionais aliados ao redor do mundo.

E para quem vive de negócios, é muito preocupante saber que a dívida corporativa dos Estados Unidos atingiu em 2024 a extraordinária soma de US$ 13,7 trilhões, conforme o último relatório da Bloomberg. E que, agora, a combinação de juros altos, enormes incertezas políticas e a observação de que está em curso uma desagradável desaceleração econômica, levou os EUA a uma venda recorde de US$ 63 bilhões de ações americanos neste último mês de março, conforme dados do Goldman Sachs.

Na pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos e divulgada há dois dias, a aprovação da Donald Trump é de apenas 39%. E quando os temas que motivam essa insatisfação são colocados, 73% afirmam que a economia do país, sob seus cuidados, está em má condição e 53% dizem que a situação dos EUA piorou bastante depois da sua posse. 

A inadimplência dos norte-americanos em setores essenciais como tecnologia e varejo, somando-se a um déficit público de US$ 8,8 trilhões, reforçam no empresariado mundial a percepção de que os EUA enfrentam um cenário de crédito insustentável, e faz aumentar o desconforto interno em relação a um presidente que voltou ao cargo com promessas de recuperação econômica e política de um país que já não andava bem das pernas.

Essa fuga dos investidores- que eram certamente a esperança de Trump de recuperar o país, sobretudo no campo industrial-, e a constatação de que o povo americano dá ao atual mandatário o mais baixo nível de satisfação e aprovação de toda a história, são indicadores que o estilo fanfarrão, agressivo, grosseiro, incivilizado, que ele adotou desde o primeiro momento de sua posse, dá de maneira muito clara, a motivação para que ele esteja quebrando a cara.

Donald Trump está, muito claramente, sofrendo uma derrota moral por consequência de seus disparates, das tolices absurdas que tem imposto ao mundo, denegrindo nações, muitas delas antigas aliadas de seu país, impondo danos  e paralisando negócios com o despropósito de seus tarifaços fiscais, colocando-se com um imperialista determinado a tomar ilhas, canais, territórios minerais, e exploraram para si riquezas que pertencem aos outros. 

O pior da história, é que ele está, em última instância, penalizando o próprio povo americano, trazendo a cada mente a incerteza quanto ao futuro, a redução dos empregos, a paralisação de empresas, e a degradação do estilo de vida que sempre foi motivo de honra para os que habitam aquela que já foi a maior economia do planeta e o sonho daqueles que queriam prosperar.

Por José Osmando

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