logo_mco_2023_200X75
logo_mco_120X45

Publicidade

Publicidade

Embrapa ganha o maior orçamento para pesquisa desde o ano de 2019 | José Osmando

COMPARTILHE

Após longo período de drástica redução dos repasses financeiros da União para fazer face aos seus projetos de pesquisa e expansão, uma prática bastante evidenciada entre os anos de 2019 a 2022, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) volta a respirar, recebendo agora em 2025 mais RS 335, 1 milhões nesse primeiro momento, uma soma que representa um acréscimo de 114% se comparado ao ano passado.  

Esse montante é o mais elevado desde 2019, período em que a revolucionária empresa da agropecuária brasileira viu suas atividades em pesquisa praticamente paralisadas. O orçamento geral da Embrapa neste ano chega a R$ 4,7 bilhões, o que mostra o tamanho e importância da empresa.

Mesmo tendo voltado a receber repasses do Governo Federal a partir de 2023, nesses dois últimos anos não foi possível avanços nas pesquisas em campo e naqueles projetos  que estavam programadas para acontecer, em razão do desmonte feito nos quatro anos anteriores.

 Agora, os dirigentes da Embrapa e seus pesquisadores voltam a se animar na perspectiva de que a empresa responsável por descobertas revolucionárias na agropecuária nacional volte a ter seu relevante papel que a consagra como uma das melhores do mundo.

Somando-se aos R$ 335,1 milhões que serão liberados neste primeiro momento, espera-se um acréscimo de valor proveniente das emendas parlamentares individuais, que será possível agora que o Orçamento da União foi aprovado no Congresso, o que elevará o total de recursos para este ano de 2025 à casa dos R$ 364,3 milhões.

Esses recursos são rigorosamente necessários para que a empresa possa ver restaurada sua atuação plena, garantindo a continuidade de projetos importantes e assegurando as estratégias nacionais na competição do Brasil com o mundo, sobretudo no terreno do agronegócio. 

Para se ter uma ideia do desmonte que foi feito na Embrapa nesses últimos, basta lembrar que em 2014 o orçamento de custeio das pesquisas da estatal foi de R$  816 milhões, valor que foi caindo sucessivamente ao longo dos anos, sob as gestões de Temer e Bolsonaro, carregando de 2022 para 2023 um orçamento de apenas R$ 173,1 milhões.

No momento atual, além dos repasses de R$ 335,1 milhões feitos pelo Governo Lula, dirigentes e pesquisadores da Embrapa animam-se com o novo ambiente que está se instalando no setor, diante do anúncio feito pela Confederação Nacional da Agricultura(CNA) de que tem um plano de fazer repasses anuais de R$ 100 milhões à estatal, para ser usado em pesquisa.

A ideia relativa à relação da Embrapa com a CNA, que permitira receber R$ 100 milhões anuais, é a de ser formado um consórcio que evolua para a montagem de um fundo, com garantia de previsibilidade dos recursos da Confederação da Agricultura e a busca de outros apoiadores privados. Trata-se, portanto, de uma novidade alvissareira, pois o Brasil ainda não conhecia essa modelagem de parceria com a iniciativa privada, contribuindo para a melhoria da pesquisa, que até hoje foi bancada com recursos públicos do Poder Central.

Esse atração de recursos vinda de parceiros, além dos repasses orçamentários garantidos pela União, abre um capítulo novo no campo da pesquisa agropecuária, permitindo manter-se a confiança de que o Brasil continuará avançando num segmento que o fez ser muito respeitado e competitivo em todo o mundo.

Por José Osmando

0

LIKE NA MATÉRIA

Publicidade