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Desigualdade no Brasil chega ao menor nível nos últimos três anos | José Osmando

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Enfim, uma boa nova, há longo tempo esperada e que em muitos momentos parecia apenas uma miragem: a desigualdade social e econômica dos brasileiros  sofreu um alentador recuo nos últimos dois anos, conforme dados revelados pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), baseada em números de 2024. 

O rendimento domiciliar per capta por mês cresceu 4,7% em 2024 e em 2023 teve taxa ainda mais expressiva, de 11,5%. Esses dois desempenhos ficam emparelhados com outra variação importante extraída do índice Gini, que mede o rendimento domiciliar per capta, servindo de referência tradicional para medir disparidades de rendimento.

O Geni varia de 0 a 1, e quanto mais perto ficar do 1, maior é a desigualdade no país. Em 2024, esse indicador que já havia caído em 2023, voltou a cair em 2024, ficando em 0,506.

Esse é o menor número alcançado pelo Brasil desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 2012, portanto, a mais confortável situação em 12 anos. 

A pesquisa Pnad divulgada ontem pelo IBGE registra também os pontos mais altos da série iniciada em 2012, como rendimento mensal de todas as fontes (R$ 3.057), e de todos os trabalhos(R$ 3.225);  massa de rendimentos do trabalho (R$ 328,6 bilhões) e massa de renda domiciliar per capta (R$ 438,3 bilhões).

 Todos esses valores são comparados a preços de 2024..

O ano de 2024 manteve manteve a tendência de crescimento da renda observada desde o início de 2023, ainda naquele momento a uma taxa menor. Claramente demonstra que o país passou a ser afetado positivamente por uma sensível melhora na distribuição da renda. Isso se observou bastante, conforme dizem analistas da pesquisa IBGE, durante 2024, por ter sido um ano de notável crescimento, mas um crescimento com características específicas de melhor distribuição de renda.

Isso serve como indutor de esperança, pois o Brasil, apesar de ser muito fortemente um país de enorme concentração de riqueza, de muita injustiça social e gritante desigualdade, começa a dar sinais de que está tomando o caminho da redução desses desníveis, sobretudo através do campo do trabalho. 

O aumento da renda e a redução da desigualdade é explicado por uma combinação de fatores, conforme analisam os especialistas econômicos, como aumento de renda do trabalho, expansão dos programas sociais- tanto em  valores médios quanto em famílias atendidas-, reajuste real do salário mínimo e taxas de crescimento da renda mais intensa nas camadas mais pobres da população, em comparação com aquelas registradas nas de maiores rendimentos.

Observa-se nessa pesquisa Pnad que nas classes de menor renda  as taxas de rendimento ficaram acima da média, enquanto nas de renda mais elevada o crescimento foi menor, explicando, assim, o dinamismo do mercado do trabalho e também dos programas sociais mantidos pelo Governo. 

Observa-se, igualmente, que o Norte e Nordeste tiveram o maior crescimento anual. No conjunto dos Estados nordestinos, o crescimento foi de 10,68% entre 2023 e 2024. Apesar disso, todas as unidades da Federação com rendimento mensal real domiciliar per capta superior à média brasileira (que é de R$ 2.020), estão localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 

A massa de rendimentos de todos os trabalhos bateu recorde no Brasil em 2024, somando R$ 328,6 bilhões. O valor representa uma alta de 6,5%  na comparação com os R$ 308,5 bilhões  de 2023.

Esse bolo reflete a alta do rendimento médio do trabalho ( 3,7%) e da população ocupada(2,7%). A população ocupada com rendimento passou de 99,2 milhões de pessoas em 2023 para 101,9 milhões  de pessoas em 2024.

Por José Osmando

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