Após 16 anos de espera, a Seleção Brasileira Feminina de Futebol finalmente assegurou presença em uma final olímpica, e agora sonha com a inédita medalha de ouro. A trajetória até este ponto não foi fácil, e as conquistas recentes contra potências da modalidade elevaram a moral do grupo. Para garantir o lugar no topo do pódio, a equipe terá de superar um adversário familiar e temível: a seleção dos Estados Unidos, que já foi algoz nas finais de 2004 e 2008. No entanto, a equipe liderada por jogadoras experientes como Gabi Portilho acredita que chegou a hora de reescrever a história.
A campanha brasileira nos Jogos Olímpicos Paris 2024 começou de forma titubeante, com uma vitória apertada sobre a Nigéria e derrotas para Japão e Espanha na fase de grupos. Contudo, a partir das quartas de final, o desempenho mudou de figura. O Brasil enfrentou e venceu a França, dona da casa, em uma partida histórica que marcou a primeira vitória brasileira sobre essa adversária em competições oficiais. Na semifinal, o reencontro com a Espanha, atual campeã mundial, trouxe um desfecho empolgante: uma goleada por 4 a 2, que vingou a derrota na fase de grupos e mostrou a força do futebol brasileiro.
O domínio exibido em campo contra a Espanha encheu o time de confiança para o confronto final. As palavras de Gabi Portilho ecoaram o sentimento coletivo do grupo: a união, a superação das adversidades e a crença na própria capacidade. “Está sendo uma competição muito difícil, mas a gente cresceu muito, ganhou um corpo… Eu fico: olha onde a gente está, olha aonde a gente chegou. O Brasil é gigante. A gente sabe da nossa força, e mostrar isso dentro de campo, olhar no olho uma da outra, jogar até o final… Está sendo histórico e vai ser muito mais”, declarou a jogadora, que foi decisiva nas vitórias contra França e Espanha.
A confiança é compartilhada por Kerolin, que também marcou pr sua presença em campo ao sair do banco e contribuir para a vitória contra a Espanha. Ela reforçou a crença de que o Brasil pode triunfar, mesmo diante de um adversário historicamente forte como os EUA. “Jogar contra os EUA para a gente não é uma novidade. A gente vem enfrentando-as desde as seleções de base, fora que tem muita brasileira jogando nos Estados Unidos. A gente conhece bem. Temos que focar muito, é um time jovem. A gente tem que jogar bem, ter muita consciência, muito pé no chão. A gente vai buscar o resultado o tempo todo”, enfatizou, destacando a importância da humildade e do respeito ao adversário.
A final entre Brasil e Estados Unidos está marcada para o próximo sábado, às 12h (horário de Brasília), no icônico Parque dos Príncipes, em Paris. A seleção americana chega à decisão após eliminar a Alemanha com um gol solitário na prorrogação. Com duas seleções de altíssimo nível em campo, a expectativa é de um grande espetáculo de futebol, e o Brasil, embalado por vitórias expressivas e um senso de missão, está preparado para buscar a glória olímpica.
Com informações do Comitê Olimpico do Brasil
Legenda Foto: Time BrasilSeleção confia em ouro contra os EUA no futebol feminino: “Está sendo histórico e vai ser mais”Vitórias expressivas contra França e Espanha dão moral ao grupo rumo a medalha inéditaBrasil venceu a Espanha na semifinal. Foto: Gaspar Nóbrega/COB.TagsJogos Olímpicos Paris 2024Navegue por tópicosApós duas atuações maiúsculas nas quartas e nas semifinais, a seleção brasileira feminina de futebol garantiu uma medalha olímpica após 16 anos. Para conquistar o inédito ouro, no entanto, será preciso transpor mais uma pedreira. Rival histórico e algoz nas finais de 2004 e 2008, os Estados Unidos serão novamente os adversários na decisão. Nada que assuste a geração que veste a amarelinha nos Jogos Olímpicos Paris 2024.Após uma classificação dura na primeira fase, com uma vitória magra sobre a Nigéria e derrotas para Japão e Espanha, a seleção derrubou duas favoritas com méritos. Venceu pela primeira vez na história a França, dona da casa, nas quartas de final, e nas semis vingou a derrota na etapa de grupos com uma goleada por 4 a 2 sobre a atual campeã mundial, a Espanha.A atuação com propriedade e amplo domínio, que poderia até ter se refletido em um placar mais elástico, dão confiança para o grupo subir mais um degrau nessa jornada.Gabi Portilho marcou o segundo gol do Brasil contra a Espanha. Foto: Gaspar Nóbrega/COB“Vai ser igual a todos os jogos: muito, muito difícil. Está sendo uma competição muito difícil, mas a gente cresceu muito, ganhou um corpo… Eu fico: olha onde a gente está, olha aonde a gente chegou. O Brasil é gigante. A gente sabe da nossa força, e mostrar isso dentro de campo, olhar no olho uma da outra, jogar até o final… E gente está abdicando de muita coisa, jogando com dor… Infelizmente temos as meninas lesionadas. A gente está jogando por todo mundo, pela nossa família, nosso sonho. Está sendo histórico e vai ser muito mais”, disse Gabi Portilho, que marcou tanto contra a França quanto contra a Espanha.Kerolin, que saiu do banco para também balançar as redes das atuais campeãs mundiais nesta terça-feira, faz coro. Apesar do respeito à seleção americana, vê total possibilidade do grupo sair vitorioso se repetir a postura adotada nos dois últimos jogos.“Jogar contra os EUA para a gente não é uma novidade. A gente vem enfrentando-as desde as seleções de base, fora que tem muita brasileira jogando nos Estados Unidos. A gente conhece bem. Temos que focar muito, é um time jovem. A gente tem que jogar bem, ter muita consciência, muito pé no chão. A gente vai buscar o resultado o tempo todo. Temos que respeitar os EUA, que são um time muito bom, de muita história, de transição, mas acho que estamos mostrando pouco a pouco o que a gente quer para conseguir com muita humildade.A seleção volta a campo para lutar pelo inédito ouro às 12h (de Brasília) de sábado (10), em Paris. A partida será no Parque dos Príncipes. As americanas garantiram a classificação ao derrotarem a Alemanha por 1 a 0 na prorrogação.TagsJogos Olímpicos Paris 2024