O gerenciamento de crises nas organizações é um assunto de extrema importância e que ainda não recebe a devida atenção no Brasil, o que torna um grande desafio para os gestores e demais envolvidos lidar com situações críticas. É essencial que estejam preparados para agir de forma rápida e assertiva na tomada de decisões durante o enfrentamento de uma crise, a fim de encontrar uma solução eficaz e minimizar os impactos na imagem e na reputação da instituição.
Diante dessa necessidade, o servidor Carlos Fernando Monteiro Tenório, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou um estudo com o intuito de desenvolver um manual de gestão de crises de imagem para ser adotado pela instituição alagoana. Esse projeto resultou da conclusão de seu mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Administração Pública (Profiap), da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), localizada no Campus A.C. Simões.
A dissertação, intitulada “Gerenciamento de crises de imagem na Universidade Federal de Alagoas: Aplicação de um Manual de Gerenciamento de Crise de Imagem”, foi concluída recentemente sob a orientação do professor Nicholas Joseph da Santa Cruz. Este trabalho visa suprir a falta de normas e manual de gestão de crises de imagem na Ufal, analisando a importância da comunicação nessas situações, identificando os impactos nas organizações e examinando casos concretos com destaque nas ações adotadas.
Fernando Monteiro, que possui formação em Publicidade e Propaganda e atua como Programador Visual na Ufal, ressaltou a relevância do estudo para a instituição. Ele enfatizou que a pesquisa traz diversas análises relevantes sobre comunicação de crise, oferece soluções aplicáveis, propõe padronização nas ações durante crises de imagem, busca melhorar a agilidade nas respostas e ações necessárias nesses momentos, além de minimizar os impactos negativos na imagem da universidade.
Além disso, o estudo ressaltou a falta de procedimentos, normas e treinamentos para lidar com crises de imagem na Ufal. Ficou evidente a necessidade de treinamento contínuo para gestores e servidores a fim de gerenciar efetivamente essas situações.
Por fim, Fernando destaca a importância do tema não só para a Ufal, mas também para sua área de atuação. Ele menciona a falta de estudos e documentos relacionados ao gerenciamento de crises, especialmente diante das diretrizes estabelecidas pela Instrução Normativa Conjunta MP/CGU nº 1/2016 e pela Portaria do MEC nº 234, de 15 de março de 2018. O prazo estabelecido para esse gerenciamento expirou em 2024, sem que houvesse avanços nesse sentido.
Com informações e fotos da UFAL