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Desastre ambiental em Maceió revela bairros mais vulneráveis à subsidência do solo.

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Há três anos, um dos maiores desastres ambientais registrados no Brasil afetou diversos bairros de Maceió, deixando os moradores em uma situação delicada. Desde então, a população vive a angústia de decidir entre sair de suas casas ou permanecer em meio ao perigo de afundamento do solo. Mais de 14 mil imóveis foram fechados e abandonados nas localidades de Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol como resultado do colapso de uma mina de extração de sal-gema, o que desencadeou tremores, afundamento do solo e o surgimento dos “bairros fantasmas”.

Um estudo recente, realizado em colaboração com pesquisadores de renomadas instituições de ensino, como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade de Brasília (UnB), identificou os bairros mais vulneráveis à subsidência, levando em consideração aspectos econômicos, ambientais e sociais. A pesquisa publicada no periódico “The Extractive Industries and Society” revelou que além dos bairros já conhecidos pela mídia, outras áreas também correm risco de vulnerabilidade atualmente.

Utilizando uma abordagem GIS-multicritério, os pesquisadores identificaram regiões onde a população enfrenta grandes desafios socioeconômicos e ambientais. O estudo apontou que a análise da vulnerabilidade da subsidência reflete, em parte, a saída desordenada dos moradores para outras regiões já fragilizadas socialmente. O mapa apresentado na pesquisa destacou os bairros mais vulneráveis, moderadamente vulneráveis e com baixa vulnerabilidade, fornecendo uma visão abrangente da situação em Maceió.

Além disso, o grupo de pesquisadores agora se dedica a dois novos estudos: um sobre os impactos do rompimento da mina 18 na atividade de pesca e mariscagem da população ribeirinha da Lagoa do Mundaú, e outro que avaliará as opções de reassentamento das vítimas do desastre que não estão satisfeitas com os acordos feitos até o momento. A análise GIS-multicritério se mostra fundamental nesse contexto, integrando dados espaciais e não espaciais para apoiar a tomada de decisão e a implementação de ações práticas.

Portanto, é essencial que medidas integradas entre a população e o meio ambiente sejam implementadas para lidar com os desafios apresentados pela subsidência em Maceió, garantindo a segurança e o bem-estar dos moradores afetados por esse desastre ambiental de grandes proporções.

Com informações e fotos da UFAL

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