A canoagem promovida pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no último domingo não foi conduzida por atletas experientes, mas sim por um grupo de pessoas idosas cheias de entusiasmo e sabedoria. A iniciativa, promovida pelo Grupo de Pesquisa Multiprofissional sobre Idosos (GPMI/Eenf) e pela Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati/Iefe), teve como objetivo homenagear os idosos que fazem parte da Ufal e mostrar que a idade não é um limitador para vivenciar novas experiências.
A coordenadora do GPMI, professora Elizabeth Moura, ressaltou a importância de trabalhar com a promoção da saúde e não com a doença, enfatizando que o envelhecimento pode ser positivo se soubermos lidar com ele. Uma das participantes, Maria Sarmento, de 75 anos, expressou sua alegria em participar da atividade de canoagem, realizando assim um sonho antigo.
A experiência na água foi enriquecedora para Maria e seus colegas, que puderam desfrutar dos benefícios físicos e mentais proporcionados pelo contato com a natureza. Esse tipo de atividade vem se tornando mais comum na sociedade, à medida que o Brasil envelhece e a importância de promover a inclusão e a convivência intergeracional se torna evidente.
A Ufal, embora já tenha formado várias gerações, ainda tem um enfoque limitado no envelhecimento, com poucos cursos abordando a questão da pessoa idosa. A professora Sandra Lopes destaca a necessidade de priorizar a pauta do envelhecimento na universidade, promovendo ações intergeracionais que visem um envelhecimento ativo e saudável para todos.
O projeto de extensão Unati tem sido fundamental para acolher e promover qualidade de vida para as pessoas idosas, estabelecendo parcerias e oferecendo atividades que envolvem educação, saúde e bem-estar. A presença de alunos da terceira idade em cursos de graduação na Ufal demonstra o interesse e a dedicação dessas pessoas em buscar conhecimento e se manterem ativas.
Para transformar a Ufal em uma universidade amiga da pessoa idosa, as professoras Elizabeth, Socorro e Sandra enfatizam a importância de ações constantes e prioritárias, como promover oportunidades para professores aposentados contribuírem com seus conhecimentos e experiências. A inclusão da temática do envelhecimento em todos os currículos é uma proposta para valorizar e dar visibilidade às necessidades desse grupo.
Nesse contexto, a Ufal está pensando em novas medidas para estimular o encontro de gerações, como a possibilidade de reservar vagas para pessoas da melhor idade. A história de Maria Sarmento, que mesmo após décadas participando das atividades da Ufal, ainda sonha em se tornar graduanda em Serviço Social, é um exemplo do potencial e da vontade das pessoas idosas de continuar aprendendo e se desenvolvendo, mesmo com o passar dos anos.
Com informações e fotos da UFAL
