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IPS 2025: Alagoas tem baixo desempenho e Maceió está entre as capitais com pior progresso social

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Por Arthur Goes

O IPS Brasil divulgou a nova edição do Índice de Progresso Social 2025, um estudo abrangente que avalia o nível de desenvolvimento de todos os 5.570 municípios brasileiros, com base em 57 indicadores sociais e ambientais. A análise reforça um cenário preocupante: Alagoas aparece entre os estados com os piores resultados, revelando fragilidades históricas em áreas como oportunidades, saúde, educação e inclusão social.

Com nota 57,70, Alagoas ocupa a 21ª posição entre as 27 unidades federativas, ficando abaixo da média nacional de 61,96 pontos. O estado tem desempenho inferior à maioria dos seus vizinhos da região Nordeste, ficando na frente da Bahia e do Maranhão apenas, inclusive, perde em pontuação para alguns estados do Norte e do Centro-Oeste.

Posição de Alagoas entre os 9 estados do Nordeste (do melhor ao pior):

  1. Paraíba – 61,09
  2. Sergipe – 60,60
  3. Rio Grande do Norte – 60,04
  4. Ceará – 60,03
  5. Pernambuco – 59,56
  6. Piauí – 59,17
  7. Alagoas – 57,70
  8. Bahia – 57,67
  9. Maranhão – 55,96

 


Maceió entre as capitais com piores desempenhos

A capital alagoana também preocupa: Maceió figura entre as três capitais com os menores índices do país, ao lado de Macapá (AP) e Porto Velho (RO). Com pontuação de 61,48, Maceió caiu para o Tier 3 do ranking de capitais, enquanto cidades como Curitiba, Brasília e São Paulo lideram o índice com notas próximas de 70.

Segundo o relatório, as capitais mais desenvolvidas apresentam políticas públicas mais estruturadas, maior acesso a serviços básicos e oportunidades de ascensão social. Em Maceió, os dados revelam déficits especialmente graves nas dimensões de Oportunidades e Bem-Estar.

O que mede o IPS Brasil?

Diferente de índices econômicos como o PIB, o IPS avalia diretamente resultados sociais e ambientais, divididos em três dimensões principais:

  • Necessidades Humanas Básicas (alimentação, moradia, segurança)
  • Fundamentos do Bem-Estar (educação básica, saúde, meio ambiente)
  • Oportunidades (liberdades individuais, acesso à educação superior, inclusão)

 

Alagoas teve desempenho mais razoável nas dimensões básicas, como Moradia (87,74), mas apresentou baixas pontuações em Inclusão Social, Educação Superior e Direitos Individuais, refletindo os gargalos estruturais que dificultam o avanço no desenvolvimento humano.

As melhores e piores colocações no Brasil

O município de Gavião Peixoto (SP) foi o mais bem avaliado do Brasil, com nota 73,26. Entre os 20 primeiros colocados, sete são do estado de São Paulo.

Na outra ponta, cidades da Amazônia Legal e do Norte do país, como Uiramutã (RR), Jacareacanga (PA) e Amajari (RR), apresentam os piores índices, com notas abaixo de 41 pontos.

Alagoas e a urgência por políticas sociais integradas

A coordenadora do IPS Brasil, Melissa Wilm, destacou que PIBs semelhantes não garantem igualdade social, e que o índice revela justamente onde as políticas públicas precisam ser fortalecidas: “O IPS permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por números econômicos. Ele mostra que o progresso social exige planejamento, investimento e vontade política.”

Para Alagoas, os dados do IPS devem servir de alerta e orientação. É preciso ampliar investimentos em saúde, educação e infraestrutura social, com foco na criação de oportunidades e na valorização do capital humano, principalmente fora dos grandes centros urbanos.

Dados abertos e análise comparativa

A plataforma do IPS Brasil (https://ipsbrasil.org.br/) permite acessar o perfil detalhado de todos os municípios alagoanos, comparar com outras cidades de tamanho semelhante e identificar quais indicadores precisam de intervenção imediata. É uma ferramenta poderosa para gestores públicos, investidores sociais e a sociedade civil.

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