A riqueza dos bordados e rendas alagoanas ganhou destaque em todo o país com o lançamento do livro “Têxteis do Brasil: Rendas e Bordados”, organizado pela Artesol. Essa obra ilustrada apresenta as técnicas tradicionais dos bordados Boa Noite, Redendê, Filé e da Renda Singeleza, que são parte do patrimônio imaterial do estado e refletem o talento das comunidades locais.
O livro, fruto de uma extensa pesquisa de campo que envolveu 340 artesãs brasileiras, sendo a maioria delas alagoanas, oferece não apenas um registro técnico, mas também histórias, ilustrações e registros fotográficos que revelam modos de vida, heranças familiares e a importância da arte manual na sustentação de comunidades inteiras.
Para Mellina Freitas, secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, essa publicação é fundamental para fortalecer a memória e a identidade cultural do povo alagoano. Ela destaca que o livro valoriza a cultura feita pelas mãos do povo, reconhecendo o talento e a dedicação das mulheres que mantêm vivas as tradições artesanais da região.
Além disso, o livro oferece um panorama sobre o papel das mulheres na preservação desses saberes, destacando a importância dessas artes para a geração de renda, pertencimento e potencial criativo das comunidades locais. A pesquisadora e organizadora do projeto, Helena Kussik, ressalta que as mulheres são as grandes protagonistas nesse contexto, desempenhando múltiplas funções que vão além do trabalho artesanal.
Mais do que um simples registro, “Têxteis do Brasil: Rendas e Bordados” se torna uma ferramenta essencial para a preservação e difusão desses patrimônios culturais, garantindo que esses saberes sejam transmitidos para as próximas gerações. A diretora executiva da Artesol, Josiane Masson, destaca que as rendas e bordados representam mais do que técnicas, mas sim a conexão entre as mãos, o coração e a memória, sendo essenciais na expressão de narrativas, sentimentos e desafios.
O livro já está disponível para compra online e em breve estará nas livrarias de todo o país, possibilitando que mais pessoas tenham acesso a essa rica tradição artesanal alagoana e brasileira.
Com informações e fotos da Secult/AL
